“Temos que ter uma coerência de saber cumprir o que os médicos, a equipe médica", diz.
Deputado estadual Carlão Pignatari, líder do governador João Doria na Alesp (Foto: Alesp)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Entrevistado da tarde de ontem do “Jornal da Cidade”, da rádio Cidade FM, o deputado estadual Carlão Pignatari, líder do governador João Doria na Assembleia Legislativa, falou sobre o combate ao coronavírus no Estado de São Paulo e destacou que, no momento, é importante cumprir as recomendações dos especialistas em relação ao isolamento social.
O parlamentar lembrou que o governo fez uma determinação de 14 dias, portanto é necessário esperar até o dia 7 para analisar se outras medidas serão adotadas ou não. “Temos que ter uma coerência de saber cumprir o que os médicos, a equipe médica diz. Sabemos das dificuldades dos empresários, dos comerciantes e de toda a cadeia produtiva do estado, mas, infelizmente, não é isso que estamos vendo no resto do mundo”, falou.
O legislador fez um questionamento: “como se fala em liberar o comércio se há oito milhões de passageiros [no metrô, na capital] por dia?”. Na visão dele, as ações deveriam ocorrer de forma diferente de acordo com o número da população do município. “Mas não é isso que os médicos estão dizendo”, acrescentou.
A pressão que os empresários estão fazendo, na opinião de Carlão, é justa, já que eles estão defendendo para poder faturar. “Mas eu te falo uma coisa: se abrir hoje o comércio, não vai dez pessoas em cada loja o dia todo, porque as pessoas estão com medo e estão sabendo que ficar em casa é melhor. Temos que ter muita serenidade em um momento de crise como esse”.
Questionado sobre a pressão que o governador João Doria sofre no momento para a abertura do comércio, o deputado votuporanguense ressaltou a importância de acreditar nos médicos. “Nós não podemos ter outra discussão no Brasil, eu acho que isso não tem lógica, não tem cabimento. Você vai no médico e ele fala ‘fica em casa’, e você não fica. Isso não é vontade, o governador é radicalmente contra essa economia parada como está, ninguém é favorável a isso”, comentou.