Daniel Castro
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O novo coronavírus mexeu com a rotina de atendimento do Mini-hospital Fortunata Germana Pozzobon, em Votuporanga. Máscaras foram disponibilizadas para as pessoas que quiserem usar e os pacientes com gripe tem um atendimento diferenciado.

As pessoas com sintomas de gripes são orientadas a usar máscaras. Os funcionários também podem utilizar caso queiram, mas muitos evitam para não assustar os munícipes. Tudo isso começou após o novo coronavírus se espalhar pelo mundo.

Atendimento
Na madrugada de sábado (7) para domingo (8), por volta das 0h30, uma mulher de 43 anos esteve no Mini-hospital e relatou os sintomas de uma forte gripe, momento em que foi questionada se teve contato com alguma pessoa que estava no exterior. Ela contou que esteve próximo de um homem francês, no entanto não especificou se ele esteve ou não na Europa nos últimos meses. Mesmo assim, por conta do protocolo do Ministério da Saúde, a munícipe foi isolada.

Foram, então, distribuídas mascaras para os profissionais da saúde, a mulher tomou alguns medicamentos e ficou no local até por volta das 3h. No dia seguinte, ela foi visitada pelos profissionais, porém, como os sintomas já eram bem leves, o caso não precisou ser notificado como suspeito.

Secretaria da Saúde
“A Secretaria da Saúde informa que não registrou nenhum caso notificado como suspeito de Coronavírus no Município até o presente momento (ontem). “Em relação à situação mencionada pelo Jornal, a paciente foi atendida no último domingo em uma das Unidades de Saúde do Município com sintomas clássicos de gripe. Entretanto, profissionais de saúde realizaram o atendimento e observaram que os sintomas não enquadravam como suspeitos de acordo com a definição do Ministério da Saúde, descartando assim, a possibilidade dela estar com a doença. Portanto, a Secretaria da Saúde reafirma que o caso não é considerado suspeito e que não há, até o momento, registros de casos suspeitos de Coronavírus em Votuporanga”.

Pandemia
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou ontem que a organização elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus como pandemia. O anúncio surge quando há mais de 120 países com casos declarados de infeção.

A mudança de classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o Covid-19 tem apresentado. “A OMS tem tratado da disseminação [do Covid-19] em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e, também, de falta de ação [dos governos]”, afirmou Adhanom no painel que trata das atualizações diárias sobre a doença. “Por essa razão, consideramos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia”, explicou durante a conferência de imprensa em Genebra.