O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é órgão que organizou a eleição para conselheiro
A eleição para conselheiro tutelar de Votuporanga foi realizada no último domingo e gerou muita polêmica (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão que organizou a eleição para conselheiro tutelar em Votuporanga, garante que o pleito realizado no último domingo não será cancelado.
O jornal A Cidade foi informado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que não houve – até a tarde desta quinta-feira– denúncia oficializada nos órgãos fiscalizadores sobre compra de votos e transporte de eleitores.
O CMDCA observou que há muitos áudios no WhatsApp sobre a eleição para conselheiro tutelar, no entanto não existe nenhuma denúncia oficial no CMDCA, Ouvidoria do Município e Ministério Público. “Não tem como cancelar um pleito, o CMDCA teve no dia de ontem, na Reunião Ordinária, a validação dos candidatos. O CMDCA tem todos os documentos e atas de apuração com assinaturas dos próprios candidatos”, apontou.
A eleição para o cargo de conselheiro tutelar em Votuporanga gerou muita polêmica. Sete pessoas que foram candidatas redigiram uma carta aberta aos órgãos de imprensa e à população de Votuporanga. Elas denunciam irregularidades no pleito e afirmam que irão provocar o Ministério Público para que outra eleição seja realizada.
Os denunciantes não concordam com os “inúmeros indícios de irregularidades que acabaram por contaminar o resultado da eleição”, entre eles o efetivo e indiscriminado movimento de transporte de eleitores por parte de alguns candidatos; denunciação pública de compra de votos; vinculação de alguns candidatos ao sistema Municipal de Assistência Social. Eles ainda apontam falta de transparência na apuração.
Na última sessão da Câmara Municipal de Votuporanga, na segunda-feira (7), três vereadores – Leonardo da Silva Brigagão, o Chandelly Protetor (PTC), Vander Marcelo Coienca (MDB) e Ali Hassan Wanssa (PV) – falaram sobre possíveis irregularidades do pleito.
Os conselheiros tutelares receberão o salário de R$ 2.805,54, além de outros benefícios da Administração Municipal.