Com trabalho altruísta, eles multiplicam amor e transformam o ambiente mais acolhedor e humanizado para aproximadamente 500 mil habitantes
(Foto: Divulgação/Santa Casa)
Não há limites para quem quer fazer o bem, para quem coloca o outro como prioridade. Não existem empecilhos, diferenças, para aqueles que amam uma causa maior: salvar vidas. Os voluntários são os verdadeiros heróis altruístas, que transformam a Santa Casa de Votuporanga, multiplicando sorrisos por onde eles passam e amenizando dores.
Em cada trabalho realizado, a certeza de que deixou legado solidário, que fez alguém feliz. E nesta corrente do bem, são mãos que produzem materiais que serão doados para os pacientes. Que afagam ao acolher. São olhos que acalentam ao ouvir o relato do assistido, que cuidam da criança para que sua internação seja ainda mais branda.
Ao entrar na Brinquedoteca, os olhos de João Gabriel, de um ano e sete meses, se enchem de felicidade. Prestes a passar por uma cirurgia, ao ver a quantidade de bolas, jogos e personagens infantis, o medo não tem vez. Enquanto ele fica maravilhado com o universo, as voluntárias ajudam a transformam aquele momento mais alegre e mais colorido.
Maria Isabel Del Alamo atua há mais de 10 anos no local. Entre a organização e limpeza do lugar, Maria Isabel é inundada de várias histórias, repleta de pacientes que marcaram sua vida. “É um trabalho muito prazeroso. Estamos fazendo a criança sorrir, distraindo do cenário hospitalar e a deixando feliz. Minha motivação diária é ajudar o próximo, trazer bem-estar e alegria”, disse.
Toda esta dedicação é elogiada pela mãe de João Gabriel. “É muito importante o que elas fazem, nossos filhos se sentem bem melhores”, contou Karida Isabela Vergilio Galhardi.
Enquanto isso, na Recepção do Hospital, Alvimar Marques e Segundo Martins Ribeiro recebem os assistidos. Seu Alvimar senta ao lado do acompanhante, para ouvi-lo. E, aos poucos, a confiança entre eles é firmada. “Agradeço muito a oportunidade que a Instituição nos deu, porque podemos vivenciar na prática o lado teórico da fé, de amor ao próximo. Destinamos um tempo nosso para trazer conforto, conversar com pacientes, familiares, auxiliar com informações, levar acompanhante até o quarto. Tarefas fáceis, mas que beneficiam diretamente os assistidos. Ajudar nos faz bem”, afirmou.
O voluntário sabe que é apenas um elo desta corrente do amor. “Quero incentivar a comunidade a realizar atividades pelo próximo. Somos uma gota no oceano, mas se não existíssemos, o oceano seria menor”, complementou.
Seu Segundo é a emoção. “Me sinto realizado, porque é um trabalho que vem de dentro da gente. Me dediquei de coração à Santa Casa”, disse.
Ao andar pelo Hospital, o barulho da máquina não para. No fraldário, o ritmo é intenso, tudo porque cada item feito é distribuído para pacientes internados, principalmente do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sabemos o quanto que nosso trabalho é importante para a Instituição. Realizamos com satisfação e saímos daqui melhores do que entramos. Estamos à disposição da comunidade, que também pode nos auxiliar na confecção”, destacou.
José Carlos Martins Ribeiro definiu seu trabalho como amor. “É a nossa oportunidade de dar amor, carinho e cuidado. Cada um de nós contribuímos com a Santa Casa e estamos aqui para o que precisar”, falou.
O coordenador do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), Adriano Marques, ressaltou a atuação do voluntariado. “Eles são essenciais para nossos serviços. Estão em várias frentes como acolhimento, fraldário, brinquedoteca, Bazar do Bem e visitas religiosas. Para enfatizar todo trabalho, comemoramos neste mês o voluntariado com várias ações para eles como treinamentos para grupos específicos. No próximo dia 28, faremos culto ecumênico como forma de homenageá-los. Sem eles, a Santa Casa não seria o Hospital que é hoje”, destacou.
O provedor Luiz Fernando Góes Liévana agradeceu os voluntários. “Vocês refletem em um atendimento mais digno, com mais qualidade e humanização. Só podemos agradecer por cada um que dedica integralmente a favor de nossos pacientes e nos auxilia a ser referência para toda a região”, finalizou.