Em conversa com o A Cidade, o presidente do Sindicato, Inácio de Oliveira Pereira, não poupou críticas ao prefeito
Inácio de Oliveira Pereira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga (Foto: Divulgação)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O reajuste do salário dos trabalhadores da Prefeitura já foi votado e aprovado na Câmara Municipal, no entanto o aumento nada agradou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga.
Em conversa com o A Cidade, o presidente do Sindicato, Inácio de Oliveira Pereira, não poupou críticas ao prefeito. “Não concordamos com esse reajuste”, apontou. Segundo ele, o Sindicato marcou três reuniões com o chefe do Executivo, porém nenhuma foi realizada. “Em dezembro, ele disse que ofereceria um aumento satisfatório, e agora aconteceu isso. Eu nem fui na Câmara para não falar besteira”, acrescentou.
O líder sindical entende que o reajuste oferecido chega a ser um desrespeito. “Ele não está respeitando servidor e nem o Sindicato”, opinou. Inácio disse ainda que o gestor público “continua tratando o servidor como se o trabalhador fosse analfabeto”. E questionou: “com um orçamento de R$ 311 milhões, concede 2% para os servidores?”. “Eu não sei para onde vai esse dinheiro todo”, resumiu.
Os vereadores votaram e aprovaram, na noite de anteontem, a lei sobre o reajuste salarial e cartão alimentação dos servidores públicos municipais. Hery Kattwinkel, Silvão e Marcelo Coienca votaram contra o aumento.
Segundo a Prefeitura, após análise de capacidade orçamentária feita pelas Secretarias de Administração e Fazenda, concluiu-se que o reajuste autorizado para 2018 seja de 2%. Para o cartão alimentação dos servidores, o aumento deverá ser de 8%, ou seja, de R$ 250 passará para R$ 270. O percentual de reajuste leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que foi de 1,81% no acumulado dos últimos 12 meses.
Ainda conforme a Administração Municipal, o secretário de Administração, Miguel Maturana Filho, explicou que estudos foram realizados pelas equipes do setor de Finanças e RH para que fosse possível indicar o percentual em que a Prefeitura tivesse a real condição de honrar e que também obedecesse a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Em todos anos, tradicionalmente, apresentamos ao Prefeito as projeções e avaliamos com muita cautela o impacto orçamentário do reajuste.
Chegamos ao número de 2% e o aumento dos R$ 20 no vale alimentação. A oportunidade da Prefeitura de recompor os vencimentos dos servidores até pouco acima do índice do INPC é possível graças a uma gestão que respeita o patrimônio público e tem eficiência no controle dos gastos para continuar investindo em melhorias para a cidade”, esclareceu.