Segundo o novo presidente do Fisav, José Carlos Rosa, a questão “não vai ficar por isso”, já que será feita uma auditoria nas contas
José Carlos Rosa é o novo presidente do Fundo das Instituições Sociais e Associadas de Votuporanga (Foto: Gabriele Reginaldo/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O saldo financeiro do 1º Fisav Rodeio Show é considerado para lá de negativo. O prejuízo é de mais de R$ 200 mil conforme balanço do Fundo das Instituições Sociais e Associadas de Votuporanga. No entanto, a questão “não vai ficar por isso”, já que o novo presidente do Fisav, José Carlos Rosa, pretende passar a limpo todas as contas.
Em conversa franca e aberta com o A Cidade, José Carlos explicou tudo o que aconteceu desde a eleição da nova chapa que atualmente comanda o Fundo. A escolha, realizada no dia 18 de dezembro, conforme ele, não foi das mais tranquilas. “Foi tumultuada, sim”, acrescentou. Na oportunidade, somente a chapa dele concorreu e obteve seis votos dos nove possíveis.
O presidente tomou posse na última quarta-feira, quando logo exigiu da diretoria anterior o balanço financeiro da festa, que ocorreu de 3 a 8 de agosto. José Carlos chegou a dizer que se o balanço não fosse rapidamente passado, ele acionaria o Ministério Público. Quando as contas chegaram em suas mãos, a surpresa: o prejuízo de R$ 207.277.57. “Uma festa dessa não dá prejuízo assim, por isso quero saber certinho sobre essas contas tintim por tintim”, garantiu.
O novo líder do Fisav afirmou que é uma pessoa bastante correta, então quer tudo passado a limpo. José Carlos tem 58 anos e é presidente da Associação de Assistência ao Deficiente Físico e Auditivo de Votuporanga (AADFAV). Ele, que sempre trabalhou como voluntário nas festas, não concorda que o evento realizado em Votuporanga no ano passado tenha um prejuízo dessa magnitude. A intenção dele é fazer uma espécie de auditoria em todas as contas e verificar se o balanço está correto.
Questionado sobre a demora para a divulgação do balanço, o presidente disse também não entender, mas acredita que “o rolo é tanto que eles não estavam conseguindo explicar”.
A redação tentou entrar em contato com o ex-presidente do Fisav, Ademar de Lucas, o Nomura, na manhã de ontem, mas ele não foi encontrado.
R$ 11 mil de combustível
Entre os pontos do balanço destacados por José Carlos está o gasto com combustível. Conforme ele, o Fisav tem somente um veículo, uma moto, e o valor que consta como gasto com combustível é de R$ 11 mil. “Uma moto gastar R$ 11 mil de combustível?”, questionou.
“Debaixo dos panos”
Na visão do novo presidente, a diretoria anterior queria uma eleição meio que “debaixo dos panos” para que nenhuma chapa fosse inscrita e, assim, as mesmas lideranças permaneceriam à frente do Fisav. “Resolvi tentar ser presidente porque quero realizar uma festa diferente”, falou.