Novo técnico foi apresentado no clube na manhã de ontem e falou sobre suas expectativas para o início do trabalho à frente do CAV
Técnico Rafael Guanaes e o analista de desempenho Rafael Calil conheceram a Arena Plínio Marin na manhã de ontem (Foto: Fábio Ferreira/ A Cidade)
Fábio Ferreira
“Eu gosto de um time que joga um bom futebol, um time organizado, equilibrado e intenso, que sabe o que precisa fazer dentro de campo”. Esse é o perfil do novo técnico do Clube Atlético Votuporanguense, Rafael Guanaes, de 36 anos, que foi oficialmente apresentado na manhã de ontem, na Arena Plínio Marin, para conduzir o time na disputa do Campeonato Paulista da Série A2 2018.
Com passagens pelo Joseense (Segundona e Série A3), São Carlos (Segundona e Série A3) e Monte Azul (Série A3), esta será a primeira vez do treinador à frente de um clube na Série A2. À vontade durante a coletiva de imprensa e sempre muito pensativo antes de qualquer resposta, Rafael Guanaes demonstrou motivação e alegria pelo acerto com a Votuporanguense.
“Diante de todo o planejamento e ideia do clube que me foi apresentado, tenho certeza que a chance de fazer um trabalho ainda melhor do que fiz em outros clubes é muito maior. Teremos um trabalho vitorioso e que será muito rico em vários aspectos para buscar os objetivos que forem traçados durante a temporada”, analisou o novo comandante da Alvinegra.
Uma das novidades de Rafael Guanaes em sua chegada ao CAV é o trabalho conjunto com um analista de desempenho. Para a função foi apresentado o nome de Rafael Calil, de 31 anos, que acompanha o treinador desde 2015 no São Carlos. Esta será a primeira vez que o clube terá um profissional na função. Já como auxiliar-técnico Guanaes anunciou o nome de Rainer Oliveira.
Confira abaixo as principais respostas do treinador durante a apresentação
A Cidade: Como foi o acerto com o CAV e qual a expectativa para disputa da Série A2?
Rafael Guanaes: Recebi com muita alegria o convite da diretoria. Pelas conversas que estamos tendo nos últimos dias, percebo que é um clube em crescimento e uma cidade em desenvolvimento. Com o projeto que me foi apresentado, estou muito motivado para fazer um trabalho que acredito que renderá frutos para mim e para o clube.
A Cidade: Qual é o seu perfil como treinador?
Rafael Guanaes: Se isso estiver relacionado dentro de campo, eu gosto de um time que joga um bom futebol, um time organizado, equilibrado e intenso, que sabe o que precisa fazer dentro de campo. É nossa função com treinamentos oferecer aos jogadores as ferramentas necessárias para que sejamos uma equipe forte coletivamente. Eu tenho esse perfil de treinador, que vem se preparando para os passos que precisam ser dados na minha carreira. Busco sempre contribuir nos lugares que eu passo, contribuir com os jogadores e as pessoas de forma geral. Procuro deixar sempre um legado positivo por onde eu passo.
A Cidade: O que você já conhecia sobre a Votuporanguense antes de ser anunciado como técnico?
Rafael Guanaes: Eu digo que o clube e minha carreira estão se encontrando. Nós tivemos muitos encontros desde 2012. Subimos juntos da Bezinha (Rafael Guanaes era técnico do Joseense que também conseguiu acesso naquele ano). Disputamos jogos na Série A3. Jogamos contra aqui em Votuporanga e também em São José dos Campos. As informações que me passaram daqui foram as melhores possíveis e hoje vejo que a realidade é ainda muito melhor.
A Cidade: A diretoria tem falado em uma folha salarial baixa para a Série A2, que só vai gastar o que de fato tem em caixa. Como você vê este cenário?
Rafael Guanaes: Uma folha gigante não garante acesso e uma folha baixa não determina o descenso. Entre o que é baixo e o que é alto, eu prefiro focar naquilo que a gente vai construir no dia a dia. O importante é a qualidade do trabalho desenvolvido. Eu vou sempre bater na tecla da filosofia. O clube pensa assim, o presidente, a diretoria, o gerente, eu também, e os jogadores também terão que pensar. Temos que trabalhar com a realidade do clube, que isso nada mais é que uma responsabilidade. Se o clube pensa em gastar somente o que tem eu vejo isso como positivo e não um fator negativo. Não tem nenhuma muleta aqui para falar que o orçamento é baixo, que o orçamento é isso ou aquilo, e que nós não vamos ter condições de fazer o trabalho. Eu tenho certeza que nós vamos ter totais condições de montar uma equipe competitiva e fazer um grande trabalho.
A Cidade: Você já tem alguma lista de jogadores para contratação?
Rafael Guanaes: Nós temos diversas possibilidades de jogadores não só que eu já trabalhei, mas que o Gatti já trabalhou, ou que passaram por aqui, ou que o presidente Marcelo conhece. Mas a gente vai se atentar ao projeto e a filosofia que o clube quer implantar, isso pensando dentro do que é a competição, dentro do que nós vemos de futebol, e sempre levando a discussão para todos participarem. Vamos sentar e discutir juntos, não haverá imposição do treinador. Acredito que na troca de ideia a gente enriquece. É desta forma que nós vamos não só montar uma equipe para disputar uma competição, mas vamos ter um time que vai representar uma cidade e que vai deixa uma semente de um trabalho que começa a ser desenvolvido dentro de uma nova filosofia.
A Cidade: Já tem um planejamento para início dos treinos?
Rafael Guanaes: Sempre pensei em 8 semanas, de 6 a 8 semanas. Estamos discutindo, mas o tempo que for estipulado será o tempo que vamos aproveitar ao máximo. Aproveitar o tempo que a gente tiver vai ser o segredo para iniciarmos bem a competição. (A expectativa é que o elenco seja apresentado no dia 1º de dezembro).