No ano passado, houve 1.035 nascimentos e sete óbitos infantis, sendo que a taxa de mortalidade infantil foi de 6,8 por mil nascidos vivos
De acordo com a Prefeitura, dos sete óbitos infantis registrados no ano passado, quatro não eram evitáveis (Foto: Reprodução)
Da redação
A taxa de mortalidade infantil aumentou 28,3% em Votuporanga, segundo levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, Seade, divulgado na última semana. A pesquisa aponta as mortes de crianças menores de um ano. Os dados revelaram que no ano passado, houve 1.035 nascimentos e sete óbitos infantis, sendo que a taxa de mortalidade infantil foi de 6,8 por mil nascidos vivos. Número superior ao de 2015, em que a cidade registrou a taxa de 5,3 por mil nascidos vivos.
Em 2014, a taxa foi de 9,2; em 2013, de 8,5; e em 2012, de 3,7 óbitos infantis, sendo que a média da taxa de mortalidade infantil entre 2012 e 2016 foi de 6,7 por mil nascidos vivos. Segundo a Prefeitura de Votuporanga, dos sete óbitos infantis registrados no ano passado, quatro não eram evitáveis, como prematuridade extrema, má formação e cardiopatia congênita. “O número é da Seade e a Prefeitura de Votuporanga já vislumbra um novo panorama para os próximos anos diante dos investimentos da atual gestão que aposta na ampliação de programas voltados a redução dos índices de mortalidade infantil no município”, afirmou a Prefeitura de Votuporanga.
Para que não ocorram mais óbitos infantis e a taxa não aumente, o município oferece acompanhamento de pré-natal, visita puerperal, grupos de aleitamento materno e famílias grávidas; exames do pezinho, linguinha, orelhinha e olhinho; vacinação; banco de leite humano; puericultura; encaminhamentos de alto risco e necessidades especiais; ambulatório de egressos de internação da pediatria para o retorno pós-alta hospitalar para acompanhamento na atenção básica.
“Votuporanga conta ainda com o Comitê Municipal de Óbitos Fetais e Infantis, que discute e investiga os casos e propõe condutas preventivas”, explicou o Executivo.
Além disso, o A Cidade também foi informado que o município participa do programa Primeiríssima Infância com procedimentos intersetoriais entre as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social. “O programa é idealizado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e tem o objetivo de assegurar um acompanhamento adequado por meio de diversos serviços locais preparados, articulados e atuantes para uma atenção integral e integrada a gestantes, famílias e crianças de 0 a 3 anos”, informou a Prefeitura.
Mortalidade infantil
Para a Organização Mundial da Saúde, a taxa de mortalidade infantil é um dos principais indicadores das ações da saúde pública. “Por meio dela, é possível refletir e avaliar não apenas a saúde infantil, mas as condições de vida de uma população”.
O cálculo desse indicador é feito a partir das estatísticas do Registro Civil do Estado de São Paulo, que fornecem informações detalhadas sobre os eventos vitais associados à dinâmica da população. São resultados de uma pesquisa contínua da Fundação Seade realizada em todos os Cartórios de Registro Civil do Estado (cerca de 840).
(Colaborou Gabriele Reginaldo)