O treinamento é realizado em todas as unidades básicas de saúde da cidade e conta com a visita de agentes às residências
Intensificando as estratégias de trabalho para o diagnóstico precoce e controle da hanseníase, a Secretaria de Saúde de Votuporanga, por intermédio do SAE (Serviço de Atendimento Especializado), tem realizado, desde fevereiro, uma capacitação de agentes e profissionais das unidades de saúde. A proposta é uma iniciativa do órgão para identificar os casos da doença na cidade.
Com orientação de uma equipe do SAE, que visitou as unidades de saúde, os agentes de saúde, auxiliares, técnicos de enfermagem, médicos, enfermeiros, farmacêuticos e dentistas receberam orientações de como trabalhar com esses casos nas Unidades e como encaminhá-los para o atendimento específico. A capacitação foi feita pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Léa Bagnola Macedo e da técnica de enfermagem, Sandra Regina Sanches Ilho Lopes.
A capacitação é realizada em todas as unidades básicas de saúde da cidade e tem o objetivo de reforçar para todos os profissionais da área sobre a doença, como sinais, diagnóstico, exames e tratamento.
De acordo com a enfermeira, o trabalho tem se concentrado no Jardim das Palmeiras I, em que 20 quadras receberam as visitas e onde um caso da doença foi identificado. “Foram examinadas cerca de 57 pessoas com suspeita de hanseníase e apenas um caso foi identificado este ano, com um grau mais sério, que já está em tratamento e é acompanhado pelo SAE”, informou.
Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria (bacilo) que atinge a pele e os nervos. A forma de contágio mais comum da doença é de pessoa para pessoa, pela via aérea, por pessoas infectadas e que não estejam em tratamento. Ao falar, tossir ou espirrar, o portador da hanseníase pode expelir a bactéria.
“É importante que a população fique atenta aos sinais como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e dormentes que não doem, não coçam e aparecem gradativamente. Ao fazer o diagnóstico no início da doença, mais rápido começamos o tratamento, para evitar formas contagiosas e incapacidades”, alerta Lea.
A doença tem cura e com o diagnóstico rápido, as possibilidades de cura sem sequelas são grandes. O tratamento é simples, com a administração de coquetéis de antibióticos e oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde.
Mais informações sobre a Hanseníase podem ser encontradas no SAE, na Rua Minas Gerais, nº 1850 – Bairro São João ou pelo telefone 3405-1584.