Segundo a servidora da área da saúde, Natália Silveira, 28 anos, o Sindicato dos Servidores Públicos precisa ter uma participação maior
Natália Silveira, 28 anos, é uma das organizadoras da manifestação, que foi realizada na manhã de ontem Foto: Daniel Castro/A Cidade
Daniel Castro
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Além do descontentamento com a Prefeitura, os manifestantes que participaram do protesto na manhã de ontem não estão nada satisfeitos com o trabalho do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga. “O Sindicato não nos representa”, destacou uma das organizadoras.
Segundo a servidora da área da saúde, Natália Silveira, 28 anos, o Sindicato dos Servidores Públicos precisa ter uma participação maior. “Hoje o Sindicato não nos representa e quem está aqui concorda com isso”, frisou. Ela analisa que, se o próprio Sindicato, que deveria ser o órgão que defende os trabalhadores “não está do nosso lado”, é complicado. “O servidor está aqui lutando sozinho. Ele sentiu o fim do 14º, a dificuldade da crise. O trabalhador está descontente com a Prefeitura”, afirmou.
Na semana passada, o Sindicato informou que não tinha nada a ver com o movimento realizado ontem.
A servidora contou que esperava a presença de mais servidores, uma vez que no início da organização do ato, há cerca de 15 dias, mais pessoas mostraram interesse em participar. Na época, acrescentou, grande parte dos funcionários concordou, porém o tempo até a realização do protesto também serviu para a administração “de alguma forma pressionar esses funcionários a não participarem”. “Muitos chefes de setores acabaram fazendo uma pressão para que esses servidores não viessem”, falou.
A servidora reforça que o motivo principal para a manifestação foi o projeto para a criação de remuneração de férias e 13º salário aos agentes públicos (prefeito, vice-prefeito e secretários municipais). “Ele [prefeito] falou em rede pública que tem direito e é por isso que ele vai colocar esse projeto em votação, então a gente não aceitou. Ele tem direito, mas não significa que nesse momento tem que ser votado”, disse.
Na visão da servidora, talvez no futuro, quando a economia e as contas da Prefeitura estiverem melhores, é possível voltar a falar sobre a criação do 13º para gestores. “Atualmente, com a crise que nós estamos, foi um péssimo momento”, comentou.
Com o protesto, apontou Natália, os trabalhadores esperam uma abertura maior da Prefeitura para com os servidores.