O caso será investigado pela Polícia Civil de Votuporanga; Edílson Cesário Vieira, 45 anos, relatou o caso ao A Cidade
Daniel Castro
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O que aconteceu com Edílson Cesário Vieira não se vê todo dia. Após ser operado de uma catarata, ele foi até uma farmácia localizada no centro de Votuporanga e solicitou água boricada, produto indicado pelo médico. No entanto, o atendente entregou água oxigenada, que Edílson levou para casa, lavou os olhos e foi parar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com muitas dores.
O munícipe, que mora no bairro São João e tem 45 anos, conversou com A Cidade sobre o fato. Ele explicou que foi operado no dia 27 de abril e foi na farmácia no dia 2 de maio, porém só conseguiu registrar o boletim de ocorrência na Polícia Civil no último dia 31. “Não estava conseguindo registrar, porque eles me falavam que não era crime, mas depois de muito tentar, consegui fazer o BO”, contou.
Edílson contou que foi na farmácia após às 21h, pediu água boricada, e o atendente lhe deu água oxigenada. Ele foi para casa e lavou os olhos com o produto, momento em que começou a sentir muita dor. Ao verificar o frasco, constatou que não era o medicamento indicado pelo médico.
Com muita dor, o homem voltou até a farmácia, onde comunicou o ocorrido. Ele relatou que solicitou a nota fiscal da compra do medicamento que fez, no entanto não lhe foi entregue. Ainda segundo a vítima, a gerente e o atendente da drogaria lhe pediram desculpas e lamentaram o ocorrido. O homem contou que a gerente da rede de farmácias, de São José do Rio Preto, lhe telefonou pedindo desculpas.
Edílson segue sentindo dores e precisou de novos atendimentos médicos. Ele já foi a Rio Preto sete vezes e ainda precisou passar por atendimento médico particular.
Orientando pela polícia, ele passou por exame de corpo de delito. “O que aconteceu comigo não é normal. Eu poderia ficar cego, e a visão não tem preço”, comentou. O caso será investigado pela Polícia Civil de Votuporanga.
O A Cidade entrou em contato com a drogaria, que ficou de analisar com o seu departamento jurídico se comentaria ou não o caso, porém até o fechamento da reportagem, a farmácia não entrou em contato com o jornal.