Na opinião do parlamentar, se eles pudessem tipificar no Código de Ética um crime, seria o de demagogia
Deputado Fatusto Pinato demonstrou seu posicionamento
Daniel Castro
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Os deputados federais aprovaram, na madrugada de quarta-feira (30), o projeto de lei com medidas contra a corrupção. Representante da região, Fausto Pinato (PP) comentou a votação e defende que Ministério Público e Poder Judiciário respondam por seus erros
Na opinião do parlamentar, se eles pudessem tipificar no Código de Ética um crime, seria o de demagogia, porque grande parte do povo brasileiro foi usado “em cima de dez medidas”. Ele observou que a proposta inicial tem mais de 200 artigos, em que se camuflava o surgimento de um poder moderador. Pinato destacou que é a favor da operação Lava Jato. “Dizer, de maneira demagoga, que se essas propostas não fossem aprovadas, com pressa – porque foi mais jogada de marketing –, nós não conseguiríamos colocar políticos na cadeia é mentira”, falou.
O legislador observou que sem a proposta o juiz Sérgio Moro já pediu a prisão de vários políticos.
Ainda conforme o deputado, em todos os poderes a maioria dos membros é honesta, no entanto seria mentira dizer que nos outros órgãos não há corrupção. A diferença, continuou, é que na Câmara Federal há 513 deputados, com toda a imprensa os acompanhando. “Talvez, se fossem levantados os processos das corregedorias de todos os ministérios públicos do Brasil, das corregedorias da magistratura, quem sabe hoje nós sairíamos exaltados dessa casa”, disse.
O deputado contou que é a favor da criminalização da prática de caixa 2 nas campanhas eleitoral; da independência da polícia federal; da operação lava jato; do “belíssimo trabalho desempenhado pelo juiz federal Sergio Moro” e que membros do Ministério Público e do Judiciário, que cometerem abuso no exercício da função, respondam pelas infrações cometidas (porque todos são iguais perante a lei, exatamente como manda nossa Constituição Federal).
Por fim, o parlamentar falou que é totalmente contra a absolvição de deputados, senadores, bem como de todos os demais agentes públicos que cometeram (ou que venham a cometer crimes), a que título for, no exercício da função ou fora dela. Ele também não apoia retirar prerrogativa dos advogados (por serem imprescindíveis para a defesa do devido processo legal e tratar-se de um dos guardiões da democracia, reconhecimento constante na Constituição Federal).