O festival literário já pode ser considerado como uma referência nacional; futuro prefeito João Dado quer ampliar evento para o próximo ano
Aline Ruiz
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Um milho de pipoca que estourou. Este é o comentário que percorreu os quatro cantos do Parque da Cultura, onde a 6ª edição do FLIV (Festival Literário de Votuporanga) foi realizada entre os dias 21 e 29 de outubro. Ontem, mais uma edição do evento chegou ao fim, só que este deixou um diferencial no balanço realizado pela coordenadora do festival, Cibeli Moretti. Segundo ela, o FLIV 2016 superou todas as expectativas e o número de público, que chegou a mais de 70 mil durante os nove dias. Para o ano que vem a intenção é trazer atrações internacionais para alavancar ainda mais o nome do evento.
A 6ª edição do FLIV foi uma verdadeira surpresa para a coordenação e organização do evento. “É sempre um desafio fazer um evento cultural em qualquer cidade do Brasil, a questão do acesso à cultura é realmente muito preocupante. Em uma pesquisa foi divulgado alguns números que mostraram que apenas 5% das cidades brasileiras possuem cinema e apenas 10% das pessoas já assistiram uma peça de teatro, isso é muito pouco”, contou a coordenadora do FLIV, Cibeli Moretti, em entrevista para o A Cidade.
O Parque da Cultura também contribuiu com o sucesso do festival neste ano. “Com certeza o local ajudou e muito. Na verdade, foi uma troca, porque a inauguração do Centro de Informações Culturais e Turísticas na sexta-feira, junto com a abertura do FLIV ajudou a trazer mais público para conhecer tanto o festival como o mais novo espaço cultural de Votuporanga”, disse.
Para Cibeli, mesmo que neste ano a programação não tenha contado com nomes conhecidos, o evento foi o melhor já realizado durante esses seis anos. “Ano passado trouxemos o Caco Barcelos, é um global, todo mundo conhece. Esse ano foi diferente porque não conseguimos agendar nenhuma data com pessoas que são conhecidas popularmente. Mas a intenção do festival é fazer com que as pessoas conheçam algo diferente para ampliar seus conhecimentos. Trouxemos os principais nomes da literatura brasileira, quem não conhecia, teve a oportunidade de conhecer”, contou.
O FLIV pode ser considerado uma caixinha de surpresas, um achado em meio a tantos eventos iguais e com os mesmos convidados. “As pessoas não conhecem os nomes que vão fazer palestra, show ou teatro, mas já ouvimos o público comentar as surpresas e os achados que encontraram em meio à programação diferenciada. A intenção é realmente essa, apresentar o novo e deixar que o público tire suas próprias conclusões. Tenho certeza que tem muita gente que saiu do evento com uma nova preferência tanto na literatura quanto na música e teatro”, frisou.
Para o ano que vem
O FLIV 2016 terminou, mas os trabalhos para organizar e planejar todo o evento do ano que vem já começa desde já. Questionada sobre o que espera para 2017, com uma nova gestão na Prefeitura, ela disse estar confiante. “O Dado esteve presente no evento e chegou a comentar que quer ampliar o festival. É um desafio, porque quanto mais o evento cresce, mais as pessoas querem”, falou.
Cibeli afirmou que a intenção para 2017 é inserir o festival no calendário nacional. “O FLIV já pode ser considerado uma referência no país, os escritores que participaram já disseram isso para nós. Só que a intenção é alavancar ainda mais o evento e o consolidar como um dos principais do país”, comentou Cibeli, ressaltando que para atingir este objetivo, ela quer trazer para o ano que vem uma atração internacional.