Daniel Castro
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Junior Marão não recebeu muito bem o anúncio das sete medidas feitas pelo presidente em exercício Michel Temer. O prefeito reprova possíveis cortes em saúde e educação, porque entende que o mais prejudicado sempre será a população mais carente.
Em conversa com A Cidade, Marão observou que ainda é muito cedo para fazer uma avaliação mais detalhada sobre o impacto das medidas nos serviços e repasses aos estados e municípios. Ele disse que é totalmente contra retirar o teto mínimo para investimento em educação e saúde. “Estamos passando por uma grave crise financeira no país, efetivamente muito pela irresponsabilidade do Governo Federal de ter rombos gigantes dentro do seu orçamento”, comentou.
O chefe do Executivo entende que são necessárias ações concretas para fazer com que o Brasil equilibre as suas contas, porém as áreas essenciais e que realmente não podem existir cortes são educação, saúde e assistência social. A redução, acrescentou, impacta diretamente na vida das pessoas que mais necessitam do Poder Público.
Marão lembro que nos últimos anos os municípios têm sofrido bastante com a questão da responsabilidade do ônus das ações realizadas em educação e saúde. “Sabemos muito bem que o Governo Federal não investia aquilo que era necessário, principalmente na saúde”, contou. Já na educação, continuou, o valor do Fundeb, o per capta por aluno, caiu nos últimos anos, mas os municípios, para não deixar as pessoas serem impactadas, assumem a responsabilidade. “Aqui em Votuporanga temos assumido a responsabilidade e não temos cortado exatamente nada”, garantiu. Ele usou como exemplo o Projeto Mais Educação, retirado pelo Governo Federal, era fundamental para as aulas em tempo integral, mas, mesmo assim o município assumiu a responsabilidade, trazendo mais um ônus para a Prefeitura.
O prefeito finalizou reafirmando sua posição contrária aos cortes em educação e saúde. “São serviços básicos e necessidades de qualquer ser humano”, concluiu.