Eliezer Casali repercutiu reportagem do A Cidade, que informou sobre realização da festa
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A Expô Fisav desse ano mal foi anunciada e já gerou posicionamentos contrários na Câmara. Durante a Sessão Ordinária de ontem, vereadores usaram a tribuna para questionar a parceria entre o Fundo das Instituições Sociais Associadas de Votuporanga e a empresa Toten Eventos, que estão organizando juntos a festa, agendada para o mês de agosto.
O primeiro vereador a falar sobre o assunto e levar à tona a polêmica foi Eliezer Casali. Ele iniciou a fala dizendo que para ser legislador, é preciso ter coragem para expor temas na Câmara que podem não agradar a todos. Com a edição de sábado (2) do A Cidade em mãos, falou que ficou sem entender porque a empresa Toten Eventos vai ficar responsável pela grade de shows e pelo setor de alimentação da festa desse ano.
Eliezer disse que recebeu um telefonema de um empresário do ramo de festas, concorrente da Toten, alertando sobre a situação. “Eu fiquei surpreso com o anúncio dessa parceria para a festa. Não tenho nada contra a Toten, mas estranho outras empresas de eventos não serem chamadas para participar da organização”.
Segundo ele, a empresa Toten tem direito, por conta de projeto aprovado na Câmara, de fazer uso do Centro de Eventos “Helder Galera” para o Carnaval, mas que em outras épocas do ano, fica liberado às entidades usarem o espaço para festas filantrópicas. “Não entendi o porque da parceria com empresa de eventos particular. O Fisav está terceirizando o direito de fazer a festa. A empresa concorrente me perguntou se houve licitação e eu não soube responder. Por que só a Toten pode participar? A lei prevê a concessão para entidades sem fins lucrativos, e agora o Fisav terceiriza a organização? Não sabemos a porcentagem que o Fisav vai levar nisso”, questionou Eliezer.
Por sua vez, Emerson Pereira disse que foi questionado por presidentes de entidades contra a parceria. Segundo o vereador, o Fisav está tentando fazer uma parceria com a Toten Eventos para ambos terem vantagem e as entidades ficarem “para trás”. “Apenas 50% da renda ficaria para o Fisav, e com isso vai sobrar mixaria para as entidades”, questionou.
Matheus Rodero, que tem vínculo no Bloco Oba! e contato com a Toten, também falou do assunto na tribuna. Segundo ele, a presença da empresa é a única forma de viabilizar o evento. “O Fisav não tem condições de tocar a festa, e se a empresa não organizar, a Expô não ocorre”, afirmou. Jurandir Benedito da Silva, o Jura, pediu cautela para a realização da Expô. “Festa de peão, nesse formato que conhecemos, está ultrapassada. Essa cidade é de meia dúzia, que tem bom discurso para a classe popular, mas não age para a classe popular”, questionou sobre a falta de opções de lazer à população mais pobre.
Projetos
Na Ordem do Dia, apenas dois projetos foram votados na 11ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga. O primeiro é sobre prestação de contas do ano de 2012, que foi aprovado com voto contrário do vereador Jura. Também foi aprovado o Projeto de Resolução 4/2016, que institui o diploma de atirador de destaque do Tiro de Guerra. Ficou instituída a homenagem aos três melhores integrantes da turma de atiradores matriculados no Tiro de Guerra. A honraria será entregue pela Câmara Municipal aos homenageados, em Sessão Ordinária, que deverá ocorrer anualmente no mês de novembro, em data a ser designada. As despesas decorrentes da execução correrão por conta de dotação orçamentária própria, suplementada se necessário.