Em sessão extraordinária, os parlamentares fugiram dos projetos em debate, para soltar críticas e sugestões ao Poder Público.
Sergio Adriano Pereira começou a exercer o papel de presidente na sessão do legislativo
Isabela Jardinetti
Os vereadores de Votuporanga aguardaram mais de um mês para voltar aos pronunciamentos na Câmara Municipal. Em sessão extraordinária realizada ontem, os parlamentares fugiram um pouquinho dos projetos em debate, para soltar algumas críticas e sugestões ao Poder Público. Também foi a primeira sessão sob a presidência de Sergio Adriano Pereira (SDD), o Serginho da Farmácia.
A proposta que gerou maior repercussão entre os parlamentares foi o Projeto de Lei Complementar 02/2015, que dá o direito aos votuporanguenses a 5% de desconto se pagar o IPTU à vista, em cota única.
O primeiro a se pronunciar foi Osvaldo Carvalho (PROS), que relatou que esse desconto é muito pouco. “A população nem se preocupa com estes 5% de desconto, pois paga parcelado, mas muitos daqueles que pagam em dia não vão ter adesão a esse benefício. Fica aqui a minha indignação dos descontos passados para a população, que continuam o mesmo índice do ano passado, e dos outros anteriores”.
Douglas Lisboa (PSDB) fez um comparativo com o desconto dado no IPVA, que é de 3%. “É bem menor do que o que Prefeitura está oferecendo, como 5%. É claro que gostaríamos que fosse mais, mas deixo registrado esse paralelo”, disse.
Rebatendo Douglas, Mehde Meidão (PSD) disse que o brasileiro já paga muito imposto. “Tudo subiu, o combustível, a carne, a água, esse país é uma vergonha, e a Prefeitura não faz nada para ajudar a população, e ainda vem gente elogiar”.
Ao final, Jura contou que também não concorda com só 5% de desconto. “Acho que o Poder Executivo tem outras intenções com este projeto, pois as principais arrecadações da Prefeitura são no começo do ano e as maiores despesas no segundo semestre. Esse desconto só de 5% é para as pessoas não serem estimuladas a pagar à vista, para que elas paguem ao longo dos 10 meses. Então, por traz disso, do baixo desconto, há a intenção de estimular os munícipes a não pagar à vista, o que acho que não faz sentido”.