Manifestantes fizeram várias intervenções enquanto os vereadores falavam; Câmara apoia o movimento
Jovens ficaram de costas para demonstrar sua insatisfação com a política
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A última sessão da Câmara Municipal foi muito diferente de todas deste ano. Depois de serem convidados pelos vereadores a comparecerem nas sessões legislativas, os participantes do movimento pacífico estiveram na Casa de Leis. Mas, desta vez, o silêncio foi tomado por aplausos, interferências nos discursos e vaias.
O presidente da Casa de Leis, Eliezer Casali, teve que avisar que as manifestações não são permitidas no plenário. Mas o comunicado não foi o bastante.
O primeiro a fazer seu pronunciamento foi o vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso. Meidão afirmou que os jovens são orgulho de Votuporanga, que estão se organizando de forma ordeira e pacífica.
Ele apresentou um vídeo do governador Geraldo Alckmin que não irá aumentar a tarifa do pedágio. Além disso, exibiu imagens de investimentos municipais em Votuporanga.
Parabéns para você
Mas quem quase não conseguiu expor suas ideias foi o vereador Edílson Pereira Batista (o do Santa Cruz). Ao cumprimentar os jovens que honraram seu compromisso e vieram para a Câmara, ele utilizou a expressão: “parabéns”. Bastou isso, para os manifestantes cantarem a música “parabéns a você”.
E depois disso, Edílson foi interrompido mais uma vez. “O Brasil acordou, continuem vindo para a Casa de Leis. Este é um parlamento aberto, que recebe o povo, aqui que tem que fazer a reivindicação”, disse.
Favoráveis ao protesto
Os vereadores Osvaldo Carvalho, Matheus Rodero, Jurandir Benedito da Silva, Silvio Carvalho e o presidente da Câmara, Eliezer Casali, se manifestaram a favor do protesto pacífico.
Jura, por sua vez, pediu para que os jovens incluam em seu movimento o fim da progressão continuada nas escolas.
Já Silvio Carvalho – líder de governo – se comprometeu a levar as reivindicações para o prefeito Junior Marão.
Enquanto uns vereadores estavam na tribuna, alguns jovens ficaram de costas para demonstrar sua insatisfação com a política.
Jociano Garofolo/A Cidade