Vereador Osvaldo Carvalho afirmou que ciúme político está atrapalhando projeto; Silvio Carvalho explica suspensão
Osvaldo afirmou que o programa ficou há duas semanas paralisado na cidade
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.brO programa “Compra com Doação Simultânea”, do governo federal, rendeu polêmicas na última sessão da Câmara Municipal, antes do recesso. Os vereadores Osvaldo Carvalho e Silvio Carvalho (líder de governo) protagonizaram pronunciamentos divergentes sobre o assunto.
Osvaldo afirmou que o programa ficou há duas semanas paralisado na cidade e justifica a interrupção a ciumeira política. Por sua vez, Silvio Carvalho contou que a suspensão foi uma definição da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que gerencia o projeto.
Osvaldo Carvalho afirmou que o banco de alimentos (projeto de lei aprovado na sessão) atende aos anseios das cooperativas e dos agricultores rurais. “Eles produzem os alimentos a preços pagos pelo governo federal, entregam as entidades que atendem as pessoas mais carentes. Registramos a indicação para o banco de alimentos a fim de que as associações pudessem ser contempladas sem nenhuma interrupção, para receber os hortifrutis e cuidar dos seus assistidos”, afirmou.
Ele destacou que na terça-feira passada a Codafavo (Cooperativa da Agricultura Familiar de Votuporanga) não houve entrega de hortifrutis e nesta semana também não houve a distribuição.
Osvaldo frisou que na semana passada, esteve com a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Juliana Castrequini Marão para conversar sobre o programa com o superintendente Alfredo Colli. “A presidente do FSS saiu empolgada da reunião, convicta que era o melhor projeto. Com sua assessoria e equipe, elaborou o documento, que encaminhamos como anteprojeto, de forma urgente”, disse.
O vereador afirmou que a grande preocupação é com o programa, que já trouxe para Votuporanga mais de R$3 milhões. “O projeto está sendo desrespeitado por briga e ciúme políticos. Os agricultores não podem pagar sua conta e não podem deixar de produzir com preço justo”, destacou.
Segundo Osvaldo, na quarta-feira passada, a secretária de Assistência Social, Marli Pignatari, acompanhada do deputado estadual, Carlão Pignatari, esteve na Conab, questionando o projeto. “O programa tem oito anos. Protocolamos juto ao órgão federal, por queremos transparência. Houve uma fiscalização e não houve nenhum problema apontado”, emendou.
O PAA será renovado e irá garantir renda de R$6500 para cada produtor. “Solicitamos parceria para o programa PPais. Criado pelo Estado, visa estimular a agricultura e garantir a comercialização. Se temos R$6500, o do Estado R$12 mil, por que não trazem esta parceria ao invés de atrapalhar? Isso nos deixa muito triste, projeto suspenso por duas semanas por questionamentos”, finalizou.