Meidão afirma que nova empresa seria “carta marcada”; presidente da Câmara diz que vereador tem medo de concorrência
Andressa Aoki
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A sessão ordinária da Câmara Municipal de ontem foi marcada pelo bate-boca envolvendo o vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso (PSD) e o presidente do Legislativo, Eliezer Casali (PV).
O assunto debatido foi a instalação de uma nova funerária em Votuporanga. Meidão fez várias insinuações de que Eliezer estaria recebendo benefícios para que uma nova empresa prestasse serviços na cidade. O discurso de Meidão Kanso fez com que o presidente da Casa de Leis fizesse um pronunciamento acalorado.
Meidão
Ao iniciar seu discurso, Meidão comentou sobre a visita dos deputados Antônio e José Mentor em Votuporanga, recentemente. Ele apontou as conquistas que a cidade recebeu graças a emendas destes parlamentares, citando a reforma do Velório Municipal Aldo Zara, concedida por Antônio Mentor.
Neste contexto, o vereador chegou até a funerária. “Reformamos o velório, as funerárias deram para a Prefeitura todo equipamento e estrutura e acabamento. Existe um comentário que o deputado de Votuporanga recebeu benefícios de algum empresário da região e este investidor estaria fazendo um trabalho político para se instalar na cidade. Eu acho que tem que haver a concorrência e se vier nova firma, que venha. Eu vou conversar com o prefeito Junior Marão sobre esta denúncia. A abertura de licitação da funerária é carta marcada, há até gravação de conversas sobre isso”, afirmou.
Na última sessão, Meidão e Eliezer já tinham desentendido com relação a nova empresa no município, conforme o jornal A Cidade divulgou na quarta-feira. Usando como base o discurso do presidente da Câmara na semana passada (quando Eliezer citou a conquista do Proença em Votuporanga, que foi um pedido da população, assim como a nova funerária), Meidão afirmou que gostaria que todas as pessoas pobres recebessem os mesmos benefícios que o supermercado. “O Proença comprou o terreno em péssimas condições. A Prefeitura fez terraplanagem naquele recinto sem autorização desta Casa, o que é crime. Foram utilizados muitos caminhões para regularizar este terreno”,afirmou.
Ele disse ainda que o colega do Legislativo se diz autor da lei que retira carros abandonados das ruas de Votuporanga. “Quando apresentamos projeto de lei, disseram que era inconstitucional. Eu assumi a Prefeitura e em 10 dias eu mandei pra essa Casa de Leis. Se não temos veículos, é porque eu como vereador, fiz a lei”, ressaltou.
Meidão frisou também que é preciso ajudar o povo e não criar ilusões, referindo-se a Eliezer, que fez um discurso na sessão passada, embasada na economia do cidadão, que quer concorrência de preços. “Fizemos projeto de lei a respeito da planta genérica, do aumento do impostos. Não pode judiar do povo. Essa Casa de Leis apoiou e aprovou o projeto do prefeito em mais de 40% de impostos. Quem fala em economia, tem que ajudar na população e não criar ilusões. Não vamos aceitar políticas rasteiras em Votuporanga”, ressaltou.
LEG: “A abertura de licitação da funerária é carta marcada”, diz Meidão
LEG2: “Não sei qual o medo de uma nova empresa, medo de um esquema cair?”, rebate Eliezer