César Urbini é graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Investidor, você
conhece a frase “a melhor defesa é o ataque”. Apesar de concordar com o
conceito acredito que a generalização desse caso (como em qualquer outro) é
perigosa. Parte do princípio que seu ataque será sempre superior e, portanto,
não precisa mais se preocupar com nada. Porém já vimos como nas finanças individuais
isso não é verdade. Fatos aleatórios podem nos tirar do trajeto com muita
facilidade. Dessa maneira, proponho uma pequena mudança na ordem das palavras:
“a defesa é o melhor ataque”.
No primeiro
momento parece apenas uma inversão da ordem (quem dá atenção à defesa, não
precisa pensar no ataque) mas carrega uma importante lição: como ainda
negligenciamos as proteções.Lendo essa matéria, você já se encontra à frente do
seu tempo pois dá a devida atenção ao seu dinheiro, contudo ainda pensamos mais
no risco do investimento do que no risco do investidor.
Já
conversamos em encontros anteriores sobre a importância da flexibilidade, da
diversificação, da orientação a longo prazo, tudo para gerenciar as baixas que
o mercado financeiro pode propor. Contudo, já parou para pensar como lidar com
uma ausência prematura de renda (risco de vida)? E não falo apenas de
falecimento, mas também de acidentes, invalidez, tudo aquilo que achamos que só
acontece com os outros, mas que tem poder de mudar para sempre o plano de vida.
O instrumento
utilizado para isso é o seguro de vida. Isso mesmo! O seguro de vida
complementa a estratégia de investimento ao assegurar que projetos de longo
prazo continuarão existindo mesmo com a ausência do principal provedor ou mesmo
uma interrupção temporária de renda.
Analisando o
maduro mercado dos EUA, observa-se que cerca de 60% da população conta com esse
tipo de proteção, contra cerca de 12% no Brasil, o que me dá base para supor
que você faz parte da população que está totalmente desprotegida de eventos
naturais. Mas não se sinta mal, você ainda não está errado, já que o produto
usado como complemento do planejamento financeiro é bem diferente daquele que
seu gerente do banco tentou te empurrar apenas para bater a meta mensal. Esse você
acertou em passar.
O seguro de
vida deve ser totalmente customizado para suas necessidades e, como se fosse um
ativo financeiro, flexível: à medida que os objetivos mudam, ele muda junto.
Saber a proteção certa é tão importante quanto saber investir e, em nenhum dos
casos, recomendo que tome as decisões sozinho.
Portanto, a
melhor defesa é a defesa, e ponto. Ganhar com investimentos e blindar esses
ganhos são as duas faces da mesma moeda e não podem ser tratados separadamente.
Faça isso agora! O dia para começar a se proteger é hoje!