Em um dos comícios do presidente Michel Temer realizado em São Paulo meses atrás, culpou a ex-presidente Dilma Rousseff pela gravidade da crise brasileira, que se intensificou em todo o país.
Temer, que se coloca em uma espécie de salvador da Pátria, pede aos trabalhadores e empresários que deem maior alento ao desenvolvimento do país, porém, há os que acreditam em uma demanda de pelo menos 10 anos para a retomada da economia e crescimento em todos os ângulos da vida pública.
O presidente, naquela oportunidade, falou durante uma hora, empregando o otimismo e o comprometimento do governo em reorganizar as contas públicas, apontando a penúria fiscal, que herdou da ex-presidente afastada do Poder Central.
Citou Temer, entre outras observações, a urgência de retomar o crescimento, mormente algumas fórmulas indispensáveis para conter o desemprego, um dos males que mais afligem aqueles que tanto necessitam de um lugarzinho ao Sol com seus empregos.
A crise que enfrentamos é a mais grave de nossa história, acrescentou Temer e uma das necessidades prioritárias é equilibrar as contas públicas e uma das vítimas é o próprio desemprego, além do bolso do trabalhador insustentável, à vista de uma situação, que irá depender de uma política favorável àqueles que lutam de Sol a Sol para o sustento familiar.
Como resultado de toda esta emaranhada situação, disse o presidente que o Brasil caminhava para o abismo. Resta saber, entretanto, se o governo comandado por Temer tire o Brasil desse abismo e da situação em que se encontra, uma das mais complicadas de toda a sua trajetória governamental.
Para ilustrar mais ainda esta observação, a inflação continua tendo o seu curso normal e a remarcação de preços por parte de alguns estabelecimentos comerciais, principalmente supermercados, continua a sacrificar o bolso do consumidor, aquele que é o responsável pelo sucesso do comércio estabelecido.
Verdade é que este fato se constitui em crime contra a economia popular o abuso de preços diferenciado de um estabelecimento para outro e que se refere ao mesmo produto, sem que o governo adote alguma providência contra esse desmando. O presidente, por sua vez, falou sobre vários aspectos em seu comício, menos esse. Quem sabe desconhece essa barbárie, que se se verifica em estabelecimentos comerciais de uma forma geral.
No que tange ao teto máximo de gastos e, no caso de ser aprovado pelo Congresso Nacional e colocado em prática, poderá surtir alguns efeitos positivos, porém, de outro lado, poderá afetar a segurança pública e o setor de saúde com as limitações de verbas a esses dois setores com este direcionamento.
O presidente, apesar da sua impopularidade, está empenhado na realização das propostas, pedindo a colaboração dos empresários e da opinião pública a consolidação das reformas imprescindíveis e propostas, visando novos tempos de uma administração, que venha a primar por dias melhores na condução da máquina administrativa.
Uma das inovações é a reforma da Previdência, porém, acreditamos que irá causar muita polêmica e discussões, tanto na Câmara como no Senado Federal, portanto, há de se aguardar o que virá pela frente.