Da Cacilda (minha mãe) e o Felício (meu pai) sempre passaram algumas coisas importantes para mim e meus irmãos. Algumas delas são a generosidade, o esforço pela bondade, o respeito aos semelhantes, a religiosidade, a valorização dos valores morais acima dos materiais e o desprendimento. E, por ser, minha mãe, professora, fomos alfabetizados bem cedo e aprendemos fazer cartinhas para o Papai Noel, para ser aberta na noite do Natal, uma ocasião sempre muito respeitada em nossa casa. Quantos amigos não reuníamos por ali ainda em nosso tempo de jovens e me lembro de alguns que jamais faltavam, tais como: Faiez Habimorad, Edmar Marão, Jaime Gil, Zé do Cinema e muitos outros, todos muito queridos por nós. Como diz a canção: “coisas que não voltam mais...; juras de amor na calçada...; versos no chão da calçada...; lua no céu sem fumaça...; silencio no fim do dia...; hora da Ave Maria...”.
Mas, por outro lado, Deus concedeu a felicidade a muitos de nós, amigos desta cidade, de ainda estarmos por aqui, nesses tempos modernos, e podermos participar do esforço conjunto da comunidade. Por isso, aproveitando a ocasião e o espaço que me é gentilmente cedido pelo jornal, aproveito para enviar uma cartinha pública ao Papai Noel.
“Caro papai Noel: Um de meus primeiros pedidos é que você interfira junto a quem de direito, para que as crianças e os jovens de meu pais possam conseguir uma escolaridade melhor e assim tenhamos um futuro brilhante. Outro, é que você descubra alguém ai de cima que possa incutir na cabeça de alguns “infelizes”, aqui de baixo, que dinheiro público precisa ser respeitado, e que bens materiais se adquirem com trabalho, esforço e dedicação, jamais com falcatruas. Também, Papai Noel, faça chegar aos responsáveis que a democracia é sinônimo de liberdade, que não pode ser usada como trampolim para o aproveitamento de uma minoria, em detrimento da maioria. E que, para o exercício da democracia, são preciso partidos organizados, eles próprios democráticos e não essa ditadura partidária que esta ai. Pois é Papai Noel, existem muitas coisas atrapalhadas acontecendo, mas que, possivelmente, sua interferência possa ajudar mudar o panorama.
Mas, veja só meu bom velhinho, existem coisas boas também e aproveito para, por seu intermédio, enviar agradecimentos e incentivar a alguns, o que, também, deve a ser a vontade de boa parte de nosso povo. No caso de nosso jovem Prefeito não é tanto gratidão, porém, incentivo para que continue trabalhando e sonhando, que vá em frente. Ao Carlão, um amigo que não tem decepcionado, que entenda o peso de ser Deputado pela cidade que ele ajudou acelerar e que continue firme nos propósitos, sem deixar de lado nossa imensa região. Ao Dado que permaneça se esforçando e conseguindo verbas que beneficiem nossa população e torça para que o governo federal solte o dinheirinho da Santa Casa. E, por falar em Santa Casa, incentivar o Julio Semeghini, o Rodrigo Garcia, o Senador Aloysio, o Vaz de Lima e, agora, o Edinho Araujo, para que continuem ajudando este hospital que atende mais de um milhão de pessoas por ano. Pois é Papai Noel, não é só “deitar o cacete”, não, é preciso ser grato, também. Votuporanga sabe muito bem ser grata a todos que a ajudam e que participam de seus esforços. Não é a toa que esta entre as trinta melhores do pais para se viver. Pense nisto Papai Noel e faça nosso povo pensar, também. Obrigado pela atenção e torça para que eu possa mandar outra cartinha em 2012”
E já que mandei a carta pro bom velhinho, desejo a todos um Natal alegre e agradeço pelo privilegio de ser lido por vocês, isto, por si só, um grande presente.
Feliz Natal a todos e respeitem, sempre, DEUS!
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora aos sábados