Minha vida sempre foi pródiga de realizações! Fui uma criança vítima da improbabilidade de que falava o sociólogo Bernard Lahire, isto é, tinha “tudo para dar errado”... e “dei certo”. Aleluia! Só tenho que dar graças, pelas muitas graças recebidas. E, chegou a minha hora de partilhar, e retribuir, tantas graças recebidas. Estava à espera de um sinal. E ele chegou! Finalmente...
É assim: a vida, essa vida que muitos dizem ser uma loucura, mas que eu bendigo como uma benção diária, pois só o fato de respirarmos, de despertarmos a cada manhã já é um milagre, um verdadeiro milagre, me presenteou com tudo que eu nunca sonhei: um pai que me amava e ao qual eu amo e sinto presente a cada instante, embora esteja alhures onde só em sonhos acontecem nossos reencontros; e um amor indestrutível, que eu reencontro a cada nova vida, e sempre com novo espanto e novo encantamento: “é ele!”!
Pois só “ele” sabe ler em mim e saber de mim, como sou, verdadeira e
sincera. Poucos me entendem. Mas, ele, sempre, me aceita e ama como eu sou, mesmo não me entendendo, às vezes. Isso é ou não o Amor? Convenhamos... E eu celebro, feliz, a essa festa da vida! Vida, vida, vida louca, como diria o poeta. Mas, sempre, vida, imperfeita, fugaz e incerta, mas vida, sobretudo, acima de tudo o mais.
Terminei uma outra graduação, a de Pedagogia, na UNIFEV. Dou graças aos dedicados e muito amados professores, doutores e mestres que encontrei pelo caminho: Dione Maribel, Antônio Lopes, Maria Tereza, Rosalina Malzone, Encarnação Manzano, Heliana Soave, Paulo Stipp e tantos outros queridos educadores, de lembrança imorredoura. Pela paciência, pelo carinho, pelo empenho: meu muito obrigada! Graças, também, ao nobre reitor, o Magnânimo Dr. Marcelo Ferreira Lourenço, por sua lisura e sua postura, sempre serena e simpática a todos.
Dou graças às pessoas que cruzaram o meu caminho, colegas e profissionais da UNIFEV. Umas pelo aprendizado, sempre útil e gratificante. Outras, pelos percalços e contrariedades que fizeram, também, parte do meu aprendizado, fortalecimento e crescimento espiritual. Enquanto seres imperfeitos, somos sujeitos e também objetos de sentimentos nem sempre dignificantes, como a inveja, a malícia e a discórdia. Deus sempre soube “ler” dentro de mim, e Ele é quem melhor saberá julgar. Peço perdão a quem magoei, de qualquer forma.
Meus pecados podem ser grandes, mas Deus sabe que meu Amor pelas criaturas que Ele criou podem me redimir. Meu amor pelos animais, pelas crianças, pelos idosos e por todos os que sofrem é grande, é imenso, tanto, que me paralisou por todos esses anos. É chegada a hora, pois, de enfrentar com coragem e de cara a tudo o que essa vida terrena me conduziu. É chegada a hora de devolver tudo o que recebi e fazer tudo o que posso. Obrigada e um Feliz Natal, Votuporanga! Feliz, feliz, feliz...
*Norma Moura é colaboradora do jornal