Com a autoridade e respeito de quem votou no “homem”, permita-me botar uma pimenta nesse angu, já que todo mundo fala e nada se decide. Nos últimos dias temos acompanhado pela imprensa uma avalanche de manifestações diversas oriundas de entidades como Associação Comercial, clubes de Rotary, vereadores, associações rurais, cobrando o início imediato das obras e até ameaçando com protesto. No meu entender está havendo uma inversão de valores. Cobrar de quem? do governador Geraldo Alckmin? Mas, afinal, ele esteve em todas essas associações pedindo votos e se comprometendo com a obra? Creio que não!
Votei no Serra e no Alckmin por aqueles que conheço e que recomendaram os seus nomes. Vejam o peso da credibilidade: prefeito Marão, o deputado Carlão, Semeghini (que agora está dentro do governo), Rodrigo Garcia (que me pareceu coerente com as suas palavras), o Edinho Araújo (que até agora não entendi por que ele do PMDB de Michel Temer, pediu votos para o Alckmim e Serra), Vaz de Lima, os prefeitos de Fernandópolis, Jales e Santa Fé e o todo poderoso senador Aloysio. Se essa gente fala que a duplicação vai sair qualquer cristão vota. Sem o empenho desse pessoal o Alckmin não ganhava nesta região nem para vereador.
Chego até a imaginar se o interino Alberto Goldman teria coragem de vir a Votuporanga para um ato de assinatura da Ordem de Serviço para a duplicação, sem o apoio desse pessoal. Acho que ele não gastaria combustível do Estado para dar um “passa moleque” nessa liderança política viva e respeitada na região.
Agora, por favor, não me venham ameaçar com protestos (falam até em parar a rodovia que já está quase parada há 80 por hora). Nem façam caravanas para falar com quem vocês só conhecem pela televisão, no caso o Alckmin.
Senhores, a solução para a duplicação da rodovia não está em São Paulo. Está aqui mesmo, em Votuporanga e Fernandópolis ou Jales. Chame quem prometeu para vocês. Se essa liderança política local e regional que sustentou a eleição do “homem” tiver a coragem de bater na mesa dele obra sai do papel ainda hoje. Alckmin não tem como negar a eles a sua estrondosa votação no noroeste paulista. E sem eles o governo Alckmin pode desabar. Pensando assim, acho que a decisão para o início das obras está nas mãos (e na cabeça) das lideranças de Rio Preto para baixo. O governo só vai homologar uma decisão dos aliados políticos de peso, ou alguém arrisca dizer que esse pessoal não tem influência?
E para encerrar: lembro que sou do tempo do compromisso sério. Quando quem deve não paga; quem avalizou tem que pagar a conta. No caso da rodovia nós estamos até agora isentando de culpa o endossante. Tenho dito.
NR: O autor do artigo solicitou que sua identidade fosse mantida em sigilo. Os comentários podem ser feitos pelo site do jornal.