Chegou dezembro e com ele todas as esperanças com as quais estamos acostumados viver nesta época. Ficamos sempre na expectativa dos enfeites de Natal e a consequente iluminação, fazendo com que as cidades, as residências e as casas comerciais fiquem mais elegres e a população mais radiante. Aqui em Votuporanga mesmo com o “rebuliço”, no bom sentido, da Rua Amazonas, acredito que teremos bonitas decorações.
Mas, por falar no “rebuliço” da Amazonas vamos falar do Felicinho e alguns outros que estavam por aqui já nos anos 40. Felicio Gorayeb, meu pai, se estivesse entre nós teria completado 100 anos dia 30 passado. Infelizmente, já nos deixou em 1981 e, graças a sua maneira simples de viver e se relacionar com as pessoas ainda hoje é lembrado por muitos e, até cumprimentos para ele recebi estes dias.
Já em 1945, quando a Amazonas ainda era a tal de linguiça que nossos amigos de Fernandópolis viviam comentando, Felicinho construiu ali a primeira concessionária de caminhões e tratores da cidade-International, com um prédio imponente para a época, logo acompanhado pela família Grisi que também fez uma bela edificação-Chevrolet, depois pelo Hilário Sestini-Ford e pelos Irmãos Marão que já possuíam um posto de gasolina-Studebaker. Tanto Felicinho como os Grisi e o Hilário também, tinham posto de gasolina junto aos seus negócios.
Ainda na Amazonas, que me lembre, naquela época existiam grandes casas comerciais(era assim que se dizia): família Matos, Verissimo (grupo Eldorado), Dias Martins, família Marques, Pozzobon, Gonss, Baba, Kitamura, Miura, Budin, Cury, Gallo, Galera, Gianesi, Anzai. Logo em seguida vieram outros, tais como: Nakabashi, De Haro, Kashiwabushi e muitos mais que, juntos, sempre souberam valorizar nosso centro comercial, cada um fazendo a construção que podia e de acordo com a arquitetura usual para os “sertões”. Muita coisa aconteceu depois disto, muitos vieram poucos anos depois e se incorporaram à luta com o mesmo destemor dos pioneiros.
Por isso é uma pena que o Felicinho, grande entusiasta do nosso carnaval, e todos os outros, que já se foram, não estejam mais por aqui para admirar os novos contornos que nossa Rua central está tomando e verificar que a tal de “lingüiça” hoje é motivo de brincadeira, tão grande ficou a cidade. Por ai podemos verificar que o progresso de Votuporanga é a melhor homenagem que possa ser feita a todos que por aqui passaram e que, sem duvida, em algum momento suas familias estarão comemorando seus centenários.
E, saindo fora do assunto acima, um outro me leva a comentar de público um fato ocorrido em outubro, que me deu o maior susto. Minha doce filha, que também foi aniversariante semana passada, passou maus bocados na saúde e, hoje, Graças a Deus e a excelente assistência que teve, está bem. E quem foi o pessoal da assistência? Para ela foram o competente e atencioso Dr. Robson Manfredi, o Dr. Atilio Pozzobon, o Dr. Lucio Ribeiro e todo o pessoal da UTI, os enfermeiros e enfermeiras da Santa Casa e os funcionários que demonstraram o maior carinho. Todo esse pessoal fez um trabalho como se diz de: “cidade grande”, mesmo porque o assunto era muito sério.
E quem assistia a mim e minha esposa, enquanto isso acontecia? Lógico, meu grande e querido amigo Dr. João Anisio Ferreira.
Qual pai e qual mãe não ficam agradecidos a todos eles?
O melhor é mandar um beijo e um Deus lhes pague.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados - nasserartigo@terra.com.br