Juninho, nosso jovem e corajoso prefeito, ainda não vou falar da ponte do Marinheirinho, mesmo porque vocês precisam de um tempo para adiantar as obras da Amazonas, que devem estar esquentando suas orelhas. Mas é assim mesmo, toda vez que alguém ousa, sofre por culpa das ansiedades e incompreensões gerais. Depois vem a bonança. Portanto, calma e paciência, que no final, se Deus Quiser, tudo vai ficar muito bem. Lembremos: Juscelino ousou e nos deixou Brasília; Paulo Egydio ousou e nos deixou a Bandeirantes; o governo Serra ousou e implantou os AME’s. E, agora, sendo um pouquinho picante, podemos afirmar que aqueles que não ousaram não deixaram nada.
Também, ao meu amigo Arquimedes Neves, o Nei, agradeço a expressão “irmão” usada em seu artigo, onde fala sobre a novela da Euclides da Cunha. Pois é Nei, pode ter certeza que sempre tive consciência que você me considera, e aos meus irmãos, como seus irmãos. Isto me comove e homenageia, e me remete aos meus pais Cacilda e Felicio. Até aproveito para te mandar um recado: este é o ano do centenário do Felicinho.
Mas vamos, também, um pouco para a política, sobre os votos obtidos por alguns deputados em cidades de nossa região. Faço isso porque às vezes ouço alguns “choros” que não poderiam existir.
Vejamos o caso dos federais: O Dado obteve 56,5% dos votos em Votuporanga; Rodrigo obteve 35,66% em Tanabi e o Julio 37,64% em Fernandópolis. Pensando bem, com juízo, o Dado precisa sempre lembrar que foi muito prestigiado em Votuporanga.
Ainda, sobre este assunto, federais, podemos perceber que, observadas muitas cidades da região, o Rodrigo obteve sua terceira maior votação em Votuporanga, sobrepujada apenas por Rio Preto e Tanabi. O Julio por sua vez obteve sua segunda maior votação exatamente aqui em Votuporanga.
Quanto ao caso especifico do estadual, de onde não ouvi nenhum “choro”, a votação em Votuporanga, do Carlão, expressa com sinceridade sua popularidade e o respeito por seu trabalho.
É importante, mesmo que tenha errado alguns números, que os mesmos sejam do conhecimento da população, para que cada um possa fazer sua própria avaliação.
E, agora, fuçando um pouquinho na próxima eleição para presidente, e aproveitando minha longa experiência ou vivência no trato local da política, sem entrar no mérito de avaliação pessoal de qualquer dos candidatos, Serra e Dilma, penso que o eleitor deve, além daquilo que pensa sobre cada um deles, avaliar com muito cuidado os “entornos” dos candidatos, ou seja, quem os acompanha e que os influencia. Digo isso porque é impossível para alguem governar sozinho e, sem dúvida, a equipe escolhida precisa ter os sentimentos esperados pela população. Avalie quais da equipes possui pessoas confiáveis, que defendam a democracia e todos seus valores, que tenham capacidade para resolver os problemas do momento e preparar o futuro, que não sejam corporativistas e que não queiram ficar eternamente pendurados nas “tetas da vaquinha”. Faça esta análise, procure informações, não seja radical e, depois, vá lá e vote.
E, da mesma forma que comecei “cutucando” nosso jovem prefeito, deixo aqui um recado ao governador eleito, que acredito ser boa pessoa e bom pai de família: “Pense no interior já no primeiro dia de seu mandato, promova ações ousadas para isto”, caso contrário vou “xiar” sempre.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados