Estamos vivendo um período de grandes negócios. Tem gente fazendo de tudo para ser eleito. Os candidatos estão buscando a garantia de exuberantes ordenados por mais quatro anos. E o povo que ainda contempla um velho ditado: “Barriga vazia não tem ideologia”, continua aplaudindo de pé uma cambada de malfeitores candidatos. Não se recordam que o senhor Paulo Maluf disse um dia que “se o Pitta não for um bom prefeito nunca mais vote em mim”. O povo votou e o Pitta foi um dos piores prefeitos que São Paulo experimentou. Collor, um ilustre desconhecido apareceu de uma hora para outra e iludiu todo mundo. No seu governo a corrupção e os escândalos correram soltos. O povo experimentou no seu mandato o confisco da poupança, coisa que poucos acreditavam. Depois de tantos desastres será que ainda o povo vai continuar errando? Está cheio de candidatos novos agora e poucos deles nos parece trazer em suas mochilas confiança e seriedade. Já os velhos candidatos que querem se reeleger de antemão sabemos que têm em seus alforjes apenas e tão somente a safadeza. Exceções? Raríssimas. Quando FHC começou a fazer um monte de bobagens depois de eleito, perguntaram a ele quais motivos que o levaram a atuar de forma tão diferente daquilo que ele tanto escrevera e pregara, durante a campanha e em seu tempo de acadêmico. A resposta de FHC foi simples e emblemática: “Esqueçam tudo o que eu disse”. Com o seu sucessor não foi diferente. Tudo que pregara antes de ser eleito nada de expressão foi realizado. Conseguiu piorar as coisas razoáveis que encontrou e introduziu outras piores. Neste país poucos têm ideologia, a maioria não sabe votar, por qualquer vale-coxinha o povo vende seu voto. Quando Collor foi presidente disse uma frase interessante: “Comparados aos carros estrangeiros, os carros brasileiros são verdadeiras carroças”. Pois é, ele tinha um pouco de razão, mas se compararmos os presidentes que temos tido chegaremos também a essa triste conclusão. As ruas de nossa cidade estão poluídas de sons estridentes e insuportáveis. Sons mentirosos como sempre. Uns dizem que vão melhorar a saúde. Outros dizem que vão providenciar casas a todos. Outros ainda dizem que vão melhorar a educação. Eu ouço isso há 30 anos e até agora os que falaram não melhoraram nada mais que suas situações financeiras. Tem candidata falando que vai fazer a tão ‘sonhada’ reforma tributária e a redução de impostos. O atual eleito também disse isso. Por que não o fez? Será que ela esqueceu que o atual governo é o recordista em criação de impostos e o responsável pela maior carga tributária que o Brasil já experimentou? A Reforma Tributária não vai sair do papel nunca, isso é mais um jogo de retórica de políticos sem escrúpulos. Porque sua finalidade é mais para arrecadação de impostos do que aliviar os bolsos de qualquer brasileiro. Isso é a mesma ladainha da Reforma Agrária. Os latifundiários são todos possuidores de assentos legislativos, portanto são autênticos defensores de causas próprias, jamais legislariam contra seus patrimônios. A ganância é o mau hálito da alma e esses espectros de brasileiros eleitos jamais escovariam seus dentes, mas venderiam suas genitoras, se em troca disso tivessem a eleição garantida
Professor MSc. Manuel Ruiz Filho - Votuporanga - manuel-ruiz@uol.com.br
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