Orgulho deste país chamado São Paulo! Com esse sentimento comemoramos mais um aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, em 9 de julho. Trata-se de uma clara demonstração de que a nossa democracia não é um castelo de cartas, ela foi conquistada sob os olhares atentos da história, com muita luta, dedicação e heroísmo.
A derrota militar se transformou em vitória política, pois o término do conflito marcou o início do processo de redemocratização no País. A revolução é comemorada tanto na cidade de São Paulo como também no interior do Estado, onde a destruição e as mortes provocadas pela rebelião ainda são recordadas nas regiões de fronteiriça, especialmente no Vale do Paraíba e na região Mogiana.
A deposição de armas, porém, não vergou a espinha dorsal de São Paulo, que direcionou seu espírito combativo para o empreendedorismo. Com uma população que passa dos 40 milhões de habitantes, distribuídos em 645 municípios, São Paulo se consolidou como a força motriz da economia nacional, respondendo por 34% de tudo que é produzido no País (PIB). Na agroindústria, respondemos por um terço da produção nacional e consumimos cerca de 30% da energia elétrica gerada em todo território nacional.
Nem só de superlativos positivos vive o nosso Estado. Os desafios são comparáveis ao tamanho de sua importância, que convive com o fantasma da explosão demográfica e todos os problemas correlatos. A melhor forma de equacionar tais problemas reside no desafio de promover um desenvolvimento sustentável e duradouro.
Diante de tudo isso, destaco a importância da campanha eleitoral, momento em que os paulistas conhecem seus candidatos à Presidência, Governo Estadual, Senado, deputados federais e estaduais. É o ápice do regime democrático, momento para assumir a postura de não apenas eleger pessoas, mas defender propostas, mobilizar a sociedade e inovar na ação política, decidir o futuro!
Trata-se também de um momento de reflexão, que pode corrigir rumos, ampliar o que está dando certo e definir como serão os próximos quatro anos em nosso Estado.
Vejo a sociedade paulista mais madura, vigilante e consciente dos direitos e deveres de cada um. Os escândalos fartamente noticiados nas diferentes esferas do poder semearam a desconfiança, mas também podem demonstrar que a nossa responsabilidade não se extingue na hora do voto. A cidadania se faz na fiscalização e no acompanhamento dos seus representantes, do cotidiano da administração pública e na busca por uma participação mais efetiva nos mandatos, que não pertencem só aos políticos, mas aqueles que o elegeram.
Além de questões tradicionalmente prioritárias, as propostas eleitorais também devem contemplar novas prioridades como a crescente preocupação ambiental, implantar ferramentas de transparência e fiscalização, além do estabelecimento de metas do mandato. Não adianta prometer resolver tudo em quatro anos, a busca permanente pela melhoria da qualidade de vida da população deve fazer parte de um projeto de curto, médio e longo prazos. O momento é de avaliarmos cada uma das propostas, a conduta de cada um dos candidatos que irão nos representar nas diferentes esferas do poder público.
São Paulo, por seu tamanho, pela importância econômica, para fazer jus a sua história aguerrida e empreendedora, não pode sair dos trilhos que fizeram deste Estado-Nação a "locomotiva do Brasil". São Paulo e o Brasil podem mais!
Deputado Arnaldo Jardim – vice-líder do PPS na Câmara Federal.
arnaldojardim@arnaldojardim.com.br