Gabriel Monteiro Ossefani, de 7 anos, foi atingido acidentalmente por um tiro disparado pelo primo de 9 anos; arma era do tio do menino
Gabriel foi morto com um tiro acidental de espingarda na tarde do último domingo, em um sítio em Mira Estrela (Foto: Reprodução Internet)
Aline Ruiz
Gabriel Monteiro Ossefani, de 7 anos, morreu na tarde do último domingo (18) após ser atingido por um tiro de espingarda de calibre 28, disparado acidentalmente pelo primo de 9 anos em uma propriedade rural de Mira Estrela. O dono da espingarda, que não tinha registro, é o tio da criança, B.E.D.S., de 67 anos, que foi preso no mesmo dia pela Polícia Militar de Fernandópolis, mas já foi absolvido após audiência no Fórum de Cardoso, no início da tarde de ontem.
Em conversa com o A Cidade, o advogado do homem, Fábio Binati, contou que ele está muito abalado com a situação, mas que está recebendo o apoio necessário de todos os familiares. “Ele está se sentindo muito culpado, mas ninguém está culpando ele, os familiares estão dando total apoio”, disse.
Ainda de acordo com o advogado, B.E.D.S. responderá em liberdade por três crimes. “Ele responderá por omissão na guarda de arma de fogo, por ter deixado acessível a crianças, posse ilegal de arma de fogo, porque a espingarda não tinha registro, e homicídio culposo, quando não há intenção de matar”, afirmou.
Entenda o caso
Gabriel e a família, que são moradores de Valentim Gentil, passavam o fim de semana em uma propriedade rural de Mira Estrela, onde o tio mora. Ele e o primo de 9 anos estavam brincando com a arma que encontraram em um quarto do sítio. Segundo informações da Polícia Militar, em determinado momento, o primo de 9 anos apontou para as costas do menino de 7 anos por brincadeira e a arma disparou, atingindo a nuca de Gabriel.
Ao ouvir o som do disparo, os parentes que estavam na casa socorreram Gabriel, que foi levado para o pronto-socorro de Mira Estrela, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O corpo de Gabriel foi enviado para Instituto Médico Legal de Fernandópolis, onde passou por autopsia. A arma foi apreendida e vai passar por perícia no Instituto de Criminalística para verificar se o disparo ocorreu por falha da espingarda.
O enterro do menino aconteceu no fim da tarde de ontem, no Cemitério Municipal de Valentim Gentil. Um inquérito policial será aberto na delegacia de Mira Estrela para apurar o crime.