Vídeo circulou nas redes sociais e causou polêmica; advogado da clínica esclareceu o caso e negou envolvimento dos seguranças
O advogado também explicou que tudo começou depois que quatro rapazes em tratamento fugiram da clínica (Foto: Reprodução/Facebook)
Fábio Ferreira
Um vídeo publicado na última sexta-feira em um grupo aberto do Facebook, denominado como “Coordenadores, Monitores e/ou Conselheiros em Dependência Química”, causou grande repercussão em Votuporanga. Nas imagens, dois rapazes são imobilizados e agredidos com chutes e pontapés por quatro homens uniformizados. No texto da publicação, a denúncia era de que o caso havia ocorrido em uma clínica de recuperação do município: “Infelizmente mais um local no Estado de São Paulo, na cidade de Votuporanga, fazendo o que é inaceitável ao paciente em tratamento de dependência química”.
Os comentários da publicação indicavam que o episódio teria ocorrido nas instalações da Clínica Recomeçar, localizada na Rodovia Péricles Beline, KM 128, atrás do Posto Trevão, em Votuporanga. O A Cidade então entrou em contato com a clínica e conversou com o advogado do estabelecimento, que confirmou a confusão fora da clínica, mas negou que as agressões tenham partido diretamente de funcionários da Recomeçar.
De acordo com Marcos Antônio Gianezi o caso aconteceu na Chopplândia, em Valentim Gentil, e não dentro da clínica como sugerem comentários na publicação. Na ocasião, o advogado explicou que tudo começou depois que quatro rapazes em tratamento químico fugiram da clínica Recomeçar. Segundo ele, os internos “renderam os seguranças, cortaram a grade do alambrado e distraíram os cachorros para conseguir sucesso na evasão”.
A Polícia foi então acionada e informou aos proprietários da clínica, no dia seguinte, que dois dos rapazes em tratamento encontravam-se na Chopplândia, em Valentim Gentil. “Seguranças da clínica e um pessoal interno que já está em um patamar de ressocialização, que é um grupo de apoio dos seguranças, foram até o local para trazer de volta os dois rapazes em tratamento”.
O advogado explicou que no momento em que o grupo chegou ao local, os dois se negaram a retornar à clínica e usaram de violência. “Foram os próprios reeducandos, do grupo de apoio, que tiveram de usar de uma contra violência para conter os rapazes. Sim, houve agressão, mas em momento algum elas foram feitas pelos seguranças da clínica ou a mando do proprietário. A clínica não prega o uso da violência”, detalhou Marcos Antônio Gianezi.
De acordo com o advogado, os dois rapazes que aparecem nas imagens foram levados de volta para a clínica. Após as famílias serem informadas do ocorrido pelos proprietários do local, uma das mães optou por buscar o filho e retirá-lo da internação. O outro permanece na clínica. Os outros dois dependentes químicos que também fugiram do local ainda não haviam sido encontrados até o início da tarde deste sábado (6).
Veja abaixo o vídeo que circulou nas redes sociais