Entre as distribuidoras consultadas pelo jornal A Cidade, a média do preço do botijão de gás chegou aos R$ 100; no país, já ultrapassou
Em Votuporanga, os preços dos botijões de gás de cozinha variaram de R$ 95 e R$ 105; já em alguns estados, o preço chegou a R$ 135 (Foto: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Primeiro, o jornal
A Cidade publicou que o botijão de gás de cozinha – ou GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) - poderia chegar a R$ 80 em Votuporanga. Isso foi em setembro do ano passado. Em julho deste ano, a reportagem apurou que o preço tinha chego a R$ 90. Agora, chegou (e ultrapassou) os R$ 100.
Entre as distribuidoras consultadas pela reportagem, o preço do botijão ficou entre R$ 95 e R$ 105. A média entre os preços considerando a entrega ficou R$ 100. Já considerando a retirada na distribuidora, a média caiu para R$ 98.
Numa família cuja renda mensal é de um salário mínimo, por exemplo, o botijão, sozinho, já consumiria pouco mais de 8%, levando em consideração a média dos preços no município.
Nível nacional
No país, a situação está um pouco pior. Isso porque o preço médio do gás de cozinha ultrapassou, pela primeira vez os R$ 100, de acordo com um levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) relacionado à semana de 10 a 16 de outubro. Este foi o reflexo da alta de 7,2% no preço do gás, que, na prática, foi de R$ 3,38, como adiantado pelo
A Cidade na semana anterior.
Ainda segundo o levantamento da ANP, o valor médio do botijão ficou em R$100,44. Já o valor máximo apontado pela instituição foi de R$ 135, registrado em Mato Grosso, Rondônia e Rio Grande do Sul.
‘Vale Gás’
Para lidar com os aumentos do preço do botijão, o governo estadual lançou o programa Vale Gás. Em Votuporanga, 1.256 famílias foram beneficiadas, segundo a Secretaria de Assistência Social.
O benefício – que é de R$ 300, concedido em três parcelas bimensais de R$100 cada para a compra do botijão – é voltado para núcleos familiares que possuem renda mensal inferior a R$178 por pessoa, que estejam inscritas no Cadastro Único do Governo Federal e não recebam o Bolsa Família.
Para consultar se têm direito ao benefício, os interessados podem acessar a
página do Vale Gás no site Bolsa do Povo.
Gasolina
O reajuste também puxou para cima o preço médio da gasolina, que subiu 3,3%.
Esses aumentos seguidos que vem acontecendo neste ano refletem a política de preços da Petrobras, que segue os patamares internacional do preço do petróleo. Essa regra foi adotada em 2016, durante o governo de Michel Temer, e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O presidente, inclusive, vem culpando o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é um imposto estadual, pela escalada dos preços da gasolina, do etanol e do diesel. Mas economistas avaliam que isso está errado, já que as alíquotas do tributo não mudaram neste período.
A Câmara dos Deputados chegou a aprovar, neste mês, um projeto de lei que altera as regras para recolhimento do ICMS de combustíveis. As mudanças propostas no texto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado, devem ajudar a aliviar os preços em 2022, mas o efeito não deve ser permanente.
Preço médio do gás por região:
Norte: R$ 106,10;
Centro-Oeste: R$ 105,40;
Sul: R$ 103,67;
Sudeste: R$ 98,86;
Sul: R$ 98,34.
(Fonte: ANP)