Oclair Bento foi o primeiro candidato da região a ser sabatinado pelo Grupo Cidade de Comunicação
Oclair Bento foi o primeiro candidato da região a ser sabatinado pelo Grupo Cidade de Comunicação (A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
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Grupo Cidade de Comunicação iniciou ontem mais uma série de entrevistas com os candidatos a prefeitos, mas dessa vez com os que disputam as prefeituras da região. E a primeira cidade escolhida para essa nova fase foi Parisi, que pertence à Comarca de Votuporanga.
Em ordem definida em conjunto com os candidatos, o primeiro a ser sabatinado foi Oclair Bento, do PSDB. Ele tem 63 anos e é servidor público da Câmara Municipal de Parisi há 24 anos. Em 2012 foi eleito prefeito e governou o município de 2013 a 2016, quando acabou não sendo reeleito.
Oclair é casado com Cleide e tem três filhas: a Franciele, a Fernanda e a Vitória. Em sua quarta eleição, ele disputa a Prefeitura ao lado do servidor público municipal João Carlos Rodrigues, mais conhecido como Pardal.
Oclair iniciou a entrevista respondendo porque quer ser prefeito de Parisi novamente. Segundo ele, muito foi feito em seu mandato, mas faltou tempo para fazer ainda mais por sua cidade.
“Quatro anos de mandato para mim foi muito pouco. Nós construímos muito em Parisi, e queremos construir mais. Por isso estou colocando meu nome à disposição novamente”, respondeu o candidato.
Já partindo para seus projetos para o município, Oclair explicou uma de suas principais propostas para a área da saúde: o “Checking saúde”. Segundo ele, trata-se de uma plataforma de acompanhamento virtual pós atendimentos e consultas.
“Esse programa visa um acompanhamento dos pacientes depois do atendimento na saúde, para saber se está correndo tudo bem, se deu certo o tratamento, assim como está sendo feito agora na pandemia, o médico liga para o paciente para saber da situação e isso proporciona um tratamento melhor. Agora funciona por ligação, mas queremos fazer mais, desenvolvendo um aplicativo que o próprio paciente pode acessar”, explicou.
Sobre a educação, o tucano disse em seu plano de governo que, se eleito, irá melhorar a qualidade do transporte escolar para os alunos das redes Municipal e Estadual de Ensino, bem como ampliar o programa de auxílio-transporte para os alunos dos ensinos superior e técnico. Questionado se isso de fato é possível e sobre o que fez pela área quando foi prefeito, ele respondeu que sim e disse que esse foi um dos marcos de seu governo.
“Lá em Parisi as casas são construídas longe das estradas principais. No início de meu mandato, em 2013, fiz com que todos os ônibus de transporte escolar entrassem nas propriedades e buscassem o aluno na sua casa, não precisando a mãe sair da casa para levar o filho na estrada principal. Isso foi um sucesso, pois tinha casas a mais de 1km da estrada principal e coisa boa a gente tem que continuar. Já o transporte para universidade, Parisi sempre fez e no meu mandato a faculdade devolvia o dinheiro do transporte e a gente diluía dando um desconto na prestação dos universitários. Isso vai continuar se for eleito e melhorar ainda mais”, completou.
Para Oclair, o maior desafio para Parisi está na geração de empregos. Ele quer adquirir áreas para oferecer a empresas que queiram se instalar no município. “A ideia é comprar terrenos e doar para as indústrias construírem um galpão. Isso não é fácil, eu já fui prefeito e tentei fazer isso. É complicado, mas estamos estudando maneiras para conseguir aumentar a geração de empregos. Hoje, praticamente 70% do povo de lá trabalha aqui, então vamos fortalecer o transporte, adquirindo mais ônibus e melhores, e junto a isso trabalhar para atrair indústrias para gerarem empregos no próprio município”, pontuou.
Apimentada
Por fim, como combinado antecipadamente com os dois candidatos, Oclair respondeu a uma pergunta de sua adversária, Rosinei do Ivo (PSD), que elevou o tom. “O senhor, se eleito for, pretende usar o fundo de previdência de novo igual usou e não pagou?”, perguntou a atual prefeita.
O candidato, por sua vez, disse que ela o fez um favor ao entrar nesse assunto. “Nenhum parcelamento de previdência é feito sem autorização da Câmara Municipal. Quando assumi a Prefeitura em 2013, assumi com uma dívida da ex-prefeita, que é parente dela, de quase R$ 200 mil na previdência. Como o município não tinha nem nome para comprar, tanto que para eu comprar qualquer coisa quando assumi eu tinha que dar cheque meu de garantia, eu realmente fiquei dois ou três meses sem pagar a previdência. Fiz um montante e fiz um pedido de parcelamento para o Fundo de Previdência, portanto eu não deixei de pagar, eu parcelei. Quando acabou o meu mandato, ela também fez um parcelamento incrivelmente por 100 meses. Então eu não deixei de pagar nada, quase todos os prefeitos de Parisi fizeram isso e o fundo fica feliz, pois os juros do parcelamento é maior do que da aplicação bancária”, respondeu.