Natalia Dantas, que mora em Vancouver, no Canadá, também falou sobre a mudança de hábitos no país e das medidas do governo para conter o avanço da doença
Do Canadá, Natalia Dantas pede para que brasileiros respeitem a quarentena (Foto: Arquivo Pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Seguindo com a série que visa trazer a visão de votuporanguenses sobre a situação do coronavírus em outros países do mundo, A Cidade traz hoje, 25, os relatos de Natalia Dantas, de 22 anos, que há um ano vive em Vancouver, no Canadá, país que ligou o alerta máximo contra a doença após sua primeira dama Sophie GregoireTrudeau, esposa do primeiro-ministro Justin Trudeau, ser diagnosticada com a doença, no início do mês.
De acordo com os últimos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mais de 380 mil pessoas estão infectadas, ao redor do mundo e outras 16 mil já perderam a vida em decorrência de complicações da doença. No Brasil, 34 pessoas morreram e outras 1.924 testaram positivo, além das milhares que aguardam a confirmação dos exames.
No Canadá, onde Natalia estuda e trabalha, há 2088 infectados e houve o registro de 25 mortes o que levou o governo a adotar uma série de medidas para a contenção do avanço da doença em seu território, dentre elas o fechamento das fronteiras para outras pessoas que não sejam seus cidadãos ou residentes no país.
“Até então a gente tinha consciência do vírus, mas não das proporções que estava tomando. Eles (governo) fecharam parques, praias, restaurantes, escolas e muitas empresas mandaram os funcionários para casa, em home office, mas ainda não há uma determinação, por enquanto, para ficar em casa, mas sim uma recomendação”, explicou a votuporanguense.
Por conta das mudanças abruptas na vida de seus cidadãos, o governo então anunciou uma série de medidas para manter a economia aquecida.
“O pessoal começou a ficar bem preocupado em relação à situação financeira, então o governo vem anunciando que eles preferem que você tome cuidado, tome as medidas preventivas e cuide de si mesmo, que com o resto eles vão tentar ajudar. Eles anunciaram fundos para pequenas empresas, pequenos negócios e para funcionários”, completou.
Por fim, Natalia fez um apelo para que os brasileiros respeitem o período de quarentena para evitar a propagação da doença.
“Aqui o governo sabe que a taxa de mortalidade o vírus é muito baixa, mas a grande preocupação é em superlotar os hospitais, pois não tem vaga para todo mundo, o que é a mesma situação do Brasil. Então se puderem, se cuidem, por favor, não saiam sem necessidade, tentem evitar aglomerações, sigam as recomendações do Ministério da Saúde, enfim, tomem todas as medidas necessárias para que esse vírus não se espalhe ainda mais”, concluiu.