Segundo o coordenador da rede de urgência e emergência, Chaudes Ferreira Júnior, a situação é preocupante
O coordenador da rede de urgência e emergência, Chaudes Ferreira Júnior (Foto: Santa Casa)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
A recomendação do Ministério da Saúde e demais órgãos da saúde é para que a população evite se deslocar até alguma unidade de saúde caso não apresente sintomas graves do novo coronavírus, no entanto, ao que parece a população de Votuporanga não tem atendido as orientações.
Segundo o médico e coordenador da rede de urgência e emergência da cidade, Chaudes Ferreira Júnior, a procura por atendimentos no mini-hospital do Pozzobon, na Unidade de Pronto-Atendimento e no Pronto-socorro da Santa Casa aumentaram consideravelmente.
“Fiz um levantamento e chequei que muitos casos que passaram pelo pronto-socorro no dia de ontem poderiam ter ficado em suas residências, aguardando como as orientações. Como todos nós estamos orientando, nos dispondo a tirar dúvidas via rede social. Então peço encarecidamente pessoal, fiquem em suas casas”, disse.
Para o coordenador, o momento é preocupante, uma vez que os casos no município de São Paulo estão aumentando. Em Votuporanga, ele reforçou que não existem casos confirmados e que, atualmente, possuem 33 casos que estão aguardando os exames do Instituto Adolfo Lutz na capital paulista. Também existem os que estão em vigilância domiciliar, ou seja, que não foram coletadas as amostras de exames por não apresentarem gravidade nos sintomas.
“O Instituto Adolfo Lutz devolveu 20 exames nossos que não preencheram critérios clínicos epidemiológicos e restaram 33 casos. Votuporanga no momento diminui o número de casos suspeitos para 33 casos, dos quais nós não temos a data precisa dos resultados, pois está tendo atraso em todo país. Isso leva um tempo maior para que consigam esses resultados”, explicou Chaudes.
O coordenador da rede de urgência e emergência do município ainda ressaltou a importância de fazer o isolamento domiciliar neste momento, para que não haja a possibilidade de os pacientes chegarem a fase sintomática. “A partir de agora, a orientação é que a gente vá fazer a notificação com coleta nos casos mais sérios, então são os casos que tenham já sinais de infecção respiratória baixa, que seria uma pneumonia”, esclareceu.
Por fim, Chaudes Ferreira alertou que a população deve tomar as precauções necessárias para reduzir a disseminação do novo coronavírus, o Covid-19, como a higienização das mãos com água e sabão, o uso do álcool em gel. Além de algumas medidas que devem ser adotadas ao retornarem para as residências, como retirar imediatamente as vestimentas, os sapatos e ir direto para o banheiro.