A reportagem do A Cidade esteve na rua Amazonas e o cenário está bem diferente dos dias habituais; há 49 casos suspeitos
Rua Amazonas, uma das principais ruas do centro comercial de Votuporanga, está vazia (Foto: A Cidade)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
O assunto mais comentado atualmente é o coronavírus e Votuporanga tem se reformulado para atender as orientações do Ministério da Saúde, principalmente com 49 casos suspeitos de Covid-19. Um dos setores que mais tem sentido as mudanças da economia é o comércio local.
A reportagem do jornal A Cidade esteve ontem na rua Amazonas, o centro comercial da cidade, e percebeu que o cenário já está bem diferente dos dias habituais. Por volta das 10h30, apesar de inúmeros carros, era possível encontrar vagas de estacionamento, algo não muito comum.
Normalmente, os frequentadores do comércio de Votuporanga precisam andar por várias ruas para encontrar uma vaga disponível, isso caso tenham sorte e achem no perímetro do comércio. Hoje, com a pandemia do coronavírus, não é necessário dirigir por muito tempo para estacionar o veículo próximo da loja desejada.
Outra característica que chama bastante atenção é em relação ao movimento dentro dos estabelecimentos comércios. No comércio, poucas pessoas caminham pela rua Amazonas com sacolas nas mãos e/ou entrando em suas lojas de preferência para fazer compras.
Durante à tarde, o cenário muda ainda mais. O pouco fluxo de pessoas existente de manhã fica ainda mais aparente. A reportagem do A Cidade retornou à rua Amazonas por volta das 17h e notou que a população tem se conscientizado.
Apesar do baixo movimento, ainda é possível ver dezenas de pessoas andando pela via. A reportagem presenciou idosos com máscaras caminhando pelas ruas do centro da cidade.
A população e trabalhadores do comércio de Votuporanga têm sido privilegiados com o baixo fluxo de veículos pelas ruas. A situação também é favorável para a não contaminação e propagação do coronavírus na cidade.
No entanto, o que por um lado é positivo, por outro pode trazer transtornos. Com o baixo movimento no comércio local, os estabelecimentos precisam se reformular e se adaptar para não ter prejuízos econômicos. Em algumas lojas, a prevenção e promoções são oportunidades para manter a demanda de atendimentos.
Segundo o gerente da Casas Bahia, Rodrigo Caparroz, o movimento da filial em Votuporanga caiu consideravelmente e, para suprir as necessidades, os funcionários estão trabalhando por turnos. “Uma turma trabalha de manhã e vai até o almoço e a outra começa no almoço e vai até as 18h. Essa foi à recomendação para evitar aglomerações de pessoas dentro da loja”, explicou.
Em relação ao setor econômico, o gerente afirmou que a empresa está fazendo promoções internas em diversos produtos para atrair os consumidores e não sofrer tanto com a pandemia. Além disso, existe álcool em gel distribuído pela loja e a higienização de banheiros e produtos foi intensificada para três vezes por dia.
Outra loja que modificou o atendimento foi a Magazine Luiza. Conforme o estoquista Nicolas Otsuka, a filial da cidade está trabalhando com um quadro reduzido de funcionários para ficar pouca gente na loja. “A empresa está focando muito nisso da prevenção e tivemos treinamento a respeito disso. As mudanças começam a partir desta semana mesmo”, contou.
A loja Chita de Luxo também se reformulou para atender e prevenir a saúde de seus clientes. Pensando em conter a propagação do Covid-19, o estabelecimento funcionará das 9h às 16h e, caso precisem, as mercadorias poderão ser entregues aos clientes para que eles não necessitem ir pessoalmente.