Parlamentares que foram favoráveis ao reajuste do IPTU receberam várias críticas da população votuporanguense
O projeto do reajuste do IPTU foi votado e aprovado na noite desta segunda-feira na Câmara (Foto: João Vitor Ferrarez)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Com as redes sociais, nada mais passa desapercebido e foi assim na votação do reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Votuporanga, na noite desta segunda-feira, na Câmara Municipal. A proposta do Poder Executivo foi aprovada por 9 a 5, mas a população não perdoou os vereadores que votaram a favor e massacraram os parlamentares nas redes sociais.
Um munícipe escreveu: “nas próximas eleições podemos agradecer os vereadores com um simples voto também”. Outro homem seguiu o mesmo raciocínio: “ontem foram eles que votaram, o ano que vem seremos nós... Então, povo, fica a dica: olhe bem nos que estão contra o povo”. E uma mulher também: “nas eleições vou votar sabendo quem é a favor do povo”.
Uma mulher relatou: “brincadeira, né! Ruas com buracos imensos, ruas sem iluminação, praças depredadas... Esse valor aí vai pra onde?”. Outra munícipe acrescentou: “tomara que o povo lembre deles que votaram a favor nas urnas eleitorais. Tá na hora de fazer um ‘limpa’, mas depende do povo”.
Logo cedo, no WhatsApp, circulava uma montagem com as fotos dos legisladores que votaram a favor, no caso, Antônio Carlos Francisco (SD), Daniel David (PV), Ali Hassan Wanssa (PV), Gilmar Aurélio, o Gaspar (SD), Missionária Edinalva Barnabe Alves de Azevedo (PRB), Rodrigo Antonio Barros Vieira da Silva, o Rodrigo Beleza (SD), Silvio Carvalho de Souza, o Silvão (PSDB), Vilmar Ferreira da Silva, o Vilmar da Farmácia (PV), e Walter José dos Santos, o Wartão (PSB).
Votaram contra a proposta os vereadores Vander Marcelo Coienca (MDB), Hery Waldir Kattwinkel Junior (PTC), Osmair Luiz Ferrari (PP), Leonardo da Silva Brigagão, o Chandelly Protetor (PTC) e Sérgio Adriano Pereira, o Serginho da Farmácia (SD). O vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso (PSD), presidente da Câmara Municipal, só votaria em caso de empate.
Antes da votação o único a comentar sobre o reajuste foi Marcelo Coienca. Para ele, todas as tarifas e impostos no município estão aumentado, então deveria existir um equilíbrio em relação aos reajustes feitos pela Administração Municipal.
De acordo com a proposta da Prefeitura, “foi encaminhado para a apreciação dos vereadores o Projeto de Lei Complementar que altera a Lei Complementar nº 87, de 1º de dezembro de 2015 e alterações, para fins de lançamento do IPTU para o exercício de 2020, para inclusão de novos loteamentos e consequentemente de novas faces de quadra, fator determinante para o cálculo do valor venal, base do tributo, dos novos bairros”. Ainda conforme o Poder Executivo, para que a diferença entre o valor venal e o valor real de mercado não se perca no tempo, uma vez que a Planta Genérica de Valores não será atualizada para o exercício de 2020, a base de cálculo do IPTU será corrigida em 2,54% conforme o índice oficial do governo IPCA, referente a inflação dos últimos 12 meses. “São, pois, alterações essenciais à aplicação da lei tributária, as quais acontecem em função de constante atualização cadastral e crescimento do município”, apontou a Prefeitura.