Em conversa com o jornal A Cidade, o proprietário do Novo Vinho, Douglas Silva, explicou sobre este crescimento
Vinho em alta na cidade: em Votuporanga, no Novo Vinho, são organizadas diversas confrarias (Foto: Arquivo Pessoal)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
As pessoas que consomem vinho na maioria das vezes são vistas com olhos de elegância, já que para muitos, a bebida é ingerida em ocasiões especiais e por indivíduos de classe econômica considerada alta. No entanto, este paradigma parece estar se quebrando conforme o passar dos anos.
Em Votuporanga não é diferente, os adeptos ao vinho estão aumentando e a cada dia é comum ver mais pessoas participando de confrarias na cidade. Em conversa com o jornal A Cidade, o proprietário do Novo Vinho, Douglas Silva, explicou sobre este crescimento.
Para o empresário, falar sobre o vinho não envolve apenas o consumo e sim uma série de estudos e conhecimentos sobre o que é a bebida. “Vinho é toda bebida produzida através da uva da qualidade vitisvinifera. Então, no Brasil, o que o pessoal consome como vinho de mesa não entra na estatística, porque vinho de mesa não é considerado vinho. Ele é uma bebida produzida através da espécie da uva vitislabrusca e isso a literatura não considera vinho”, esclareceu.
Em relação ao aumento de consumidores no país, Douglas informou que este crescimento tem ocorrido exponencialmente a partir dos anos 90. Ele acrescentou que este período foi o ‘start’ para as vinícolas nacionais se qualificarem e investirem em equipamentos e estrutura, o que permitiu que o Brasil produzisse bons vinhos e que o consumo crescesse.
Douglas ainda disse que é importante existir locais onde vende, consome e aprende os conhecimentos do vinho, como o estabelecimento ‘Novo Vinho’. Estas perspectivas, completou, ajudam a quebrar alguns paradigmas de que para tomar bons vinhos é necessário gastar muito dinheiro ou que precise de alguma formalidade.
Conforme o proprietário disse ao A Cidade, no munícipe existem muitos consumidores de vinho e que desejam obter maiores conhecimentos sobre a bebida. Para a população, as confrarias são ambientes propícios para degustar os diversos tipos de vinho e suas peculiaridades.
“A gente tem que entender e é isso que o brasileiro vem fazendo é que a gente tem vinho para todas as ocasiões. Para uma tarde de sol, você tem o vinho branco que pode ser servido bem gelado. Tem um espumante, que você pode servir em uma temperatura mais baixa, mais resfriado. Você tem vinhos mais potentes que podem ser servidos em uma noite mais fresca, de inverno ou de outono”, orientou.
Votuporanga e a região ainda não possuí vinícolas, mas na cidade é possível participar de várias confrarias. Douglas contou que o Novo Vinho atualmente atende três confrarias, no entanto, o número tende a aumentar a partir de 2020 com os atendimentos em horários noturnos. “. Inclusive, quem não tem um grupo fechado, mas quer conhecer um pouco mais sobre a bebida e consome a bebida sem estudo, também poderá participar. Provavelmente, um dia da semana, vai ser uma confraria só para mulheres e outros dias da semana a gente deve estender no período da noite essas opções”, finalizou.