Luciano e Renata destacaram a importância de adotar, uma vez que garante à criança o seu direito de ter um lar
O casal Luciano e Renata Cegana é exemplo de persistência na busca para adotar uma criança em Votuporanga (Foto: Arquivo Pessoal)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
As dificuldades em adotar uma criança no Brasil não desanimam os casais que querem concretizar a adoção. É assim em Votuporanga, onde 50 casais estão na fila de espera. Hoje, dia 25 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Adoção.
O casal Luciano Cegana, 39 anos, e Renata Cegana, 36 anos, que mora no bairro Pozzobon, é exemplo de persistência na busca para adotar uma criança. Eles estão habilitados pela comarca de Votuporanga, no Cadastro Nacional de Adoção, desde 21 de março de 2014.
Indagados sobre o motivo de tentar adotar, eles contaram “a partir da impossibilidade de gerarmos uma criança biologicamente, a adoção foi a melhor opção que escolhemos para formar nossa família, baseados em nossos valores católicos”.
Luciano e Renata destacaram a importância de adotar, uma vez que garante à criança o seu direito de ter um lar, uma família. “A adoção é uma escolha e nós escolhemos amar uma criança, independe de laços sanguíneos, de sexo ou cor de pele, pois acreditamos que o amor pode transformar a vida de qualquer pessoa”.
Em relação a burocracia enfrentada, o casal observou que para tudo na vida, existe a chance de conquistar algo por meio do próprio empenho, mas no caso da adoção, depois de habilitados, o que resta é esperar, acreditar que dará certo e que a espera chegará ao fim em breve. “Existem muitas crianças crescendo em abrigos à espera de uma decisão da Justiça, enquanto estamos aptos para adotar e com o coração repleto de amor, mas o tempo de espera não depende de nós”.
Outra dificuldade apontada pelo casal é o preconceito que o adotante sofre da população desinformada quanto a escolha do perfil da criança pretendida. “Muitas vezes somos julgados e acusados de preconceito, como se o adotante fosse o problema, o que não é verdade. Pensamos que este é um momento de incentivar a adoção, motivando novos casais e de lembrar da adoção tardia, que exige um amadurecimento muito maior por parte dos adotantes”.