Érika Chausson
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Simon Davi Ortellado Gomes, de 8 anos, morreu após ser picado por um escorpião durante a noite do último sábado em sua residência, localizada na rua Denizar Vidigal, no bairro Campo Limpo, em Votuporanga.
Segundo informações da família, Simon brincava com seus gatos e se preparava para dormir, quando os animais de estimação teriam avistado o escorpião saindo debaixo da cama. Os gatos teriam ido atrás, para baixo de um móvel. O menino teria colocado a mão para tentar pegar os felinos, quando foi picado no dedo indicador esquerdo pelo escorpião.
“Foi tudo tão rápido, nunca pensei que poderia acontecer isso. Nunca tivemos este problema em casa, tudo é muito limpo e nunca tínhamos encontrado um escorpião. Infelizmente, não sei o que aconteceu, que na noite de sábado apareceu”, contou a mãe, Simona, a Cidade FM.
Ainda de acordo com os familiares, Simon foi socorrido imediatamente pela família e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento de Votuporanga, por volta das 20h20, onde recebeu os atendimentos e medicamentos necessários, e posteriormente levado para a Santa Casa, no entanto, devido a gravidade, precisou ser transferido para um hospital de São José do Rio Preto.
Durante a preparação para a transferência, por volta das 3h de anteontem, Simon sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Simon
Simon Davi Ortellado Gomes nasceu no dia 31 de maio de 2010 e vivia com a mãe, Simona Ortellado Gomes, em uma província no interior do Paraguai, chamada Vila Ygatmi.
Quando o jovem tinha 1 ano e 8 meses, conheceu a família da Dona Emiliana, que imediatamente desenvolveu um carinho e trouxe toda a família para o Brasil, com o intuito de melhorar a condição de vidas de todos.
Dono de uma sensibilidade e carisma incontestável, Simon, desde muito novo, era carinhoso com as pessoas de seu convívio social, principalmente com a Dona Emiliana. Pelos familiares, foi percebida a dificuldade de movimentação do menino e constatada que possuía necessidades especiais, no entanto jamais foi um empecilho para seu desenvolvimento.
Desde que mudou para Votuporanga, o garoto começou estudar nas creches e escolas municipais e frequentava a Sociedade Espírita Beneficente Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.
Segundo os familiares, Simon sempre foi um menino muito companheiro e gostava de ajudar o próximo. Pensando nisso, a família doou a córnea dele. Seu sepultamento ocorreu anteontem, no Cemitério Jardim das Flores.
Apelo
Em virtude do ocorrido, a família de Simon fez um apelo ao Poder Público para que intensifique as ações em combate aos animais peçonhentos na cidade. “Se pudesse voltar no tempo, eu voltaria, mas não podemos fazer nada. Eu peço encarecidamente à Prefeitura que faça uma campanha, que entre mesmo que não queiram na casa. Eu sei que quando vocês querem, vasculham. Verifique, olhem o quintal, sei que não é fácil, mas vocês podem fazer”, enfatizou Emiliana.
“Tenham mais cuidado, olhem, verifiquem. Mantenham a casa limpa, olhem o quintal para que não aconteça mais ninguém o que aconteceu com a gente. É muito difícil, e que outras crianças não sofram e, aos pais, prestem mais atenção em seus filhos”, pediu a mãe, Simona.