No ‘Dia da Mulher’, a delegada de Votuporanga, Edna Rita de Oliveira Freitas falou com o A Cidade sobre os casos de violência
Edna Rita de Oliveira Freitas é a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Votuporanga (Foto: Reprodução)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Por mais que muitas mulheres batalharam e ainda lutem para que os direitos sejam iguais, ainda existe muita violência contra o sexo feminino. Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Votuporanga, Edna Rita de Oliveira Freitas, cerca de 20 mulheres procuram a delegacia, tanto para registros de ocorrências quanto em busca de orientações.
Em conversa com o jornal A Cidade, a delegada reforçou que hoje, muitas mulheres sabem de seus poderes, mas ainda existe repressão. “Hoje as mulheres estão mais cientes de seus direitos e procuram a Delegacia para denunciar. Porém muitas delas se arrependem por uma série de circunstâncias e querem arquivar o procedimento”, contou.
Edna reforçou que os atendimentos são voltados às mulheres do município, no entanto algumas de cidades vizinhas procuram a DDM para pedirem orientações. “Os casos mais comuns são de ameaças, seguido de crimes contra a honra e dignidade e depois de violência física”, reforçou a delegada.
Em relação aos atendimentos, “as mulheres são orientadas quanto ao procedimento criminal, medidas cautelares como afastamento do agressor e impedimento de aproximação e contato com a vítima e até mesmo testemunhas”.
Depois de realizados os procedimentos de praxe, as ocorrências são encaminhadas ao Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram), que é um órgão público para casos de violências e está localizado na rua São Paulo, 2959, no Patrimônio Novo. Posteriormente, a vítima passa a receber acompanhamento com uma equipe multidisciplinar e especializada.
As denúncias podem ser realizadas pelo telefone (3421 – 7526 ou 3423 – 3300), também de forma anônima ou comparecendo na delegacia. “Quando a própria vítima procura a delegacia é registrado boletim de ocorrência e instaurado inquérito policial. Quando a denúncia é anônima, é mantido contato com a vítima para apuração da veracidade dos fatos”, explicou a delegada.
Sobre o ‘Dia Internacional da Mulher’, a delegada enfatiza que “é um dia para a sociedade refletir sobre as conquistas que as mulheres já obtiveram e o quanto ainda falta para que tenham igualdade de direitos”, finalizou.