Em Votuporanga, mais de 16 mil contribuintes entregaram a declaração dentro do prazo
Em Votuporanga, mais de 16 mil contribuintes entregaram a declaração dentro do prazo (Foto: Reprodução/Internet)
Gabriele Reginaldo
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A Receita Federal pagou na última sexta-feira (15) o primeiro lote da restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2018. Outros seis lotes serão liberados até o dia 17 de dezembro deste ano. De acordo com o órgão, os lotes serão ressarcidos por ordem de declaração entregue corretamente. Em Votuporanga, mais de 16 mil contribuintes entregaram a declaração dentro do prazo.
A declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2018 começou a ser entregue no dia 1º de março e foi até o dia 30 de abril.
Neste primeiro lote, pessoas com mais de 60 anos, contribuintes com deficiência física ou mental e pessoas com doença grave tiveram prioridade no recebimento da restituição.
O A Cidade conversou com o economista Juny Figueiredo que explicou que a melhor forma de usar o valor ressarcido é para o pagamento de dívidas. “Quando se tem a restituição na mão, o votuporanguense tem a opção de usá-la da melhor forma. Nesse período de Copa do Mundo é natural que usem para fazer novas contas, mas o ideal é que pague as contas já feitas”, explicou.
O economista explicou que quando se tem a restituição a receber, uma grande dúvida paira sobre o contribuinte: “antecipar ou não a restituição?”. Ele contou que as linhas que antecipam o pagamento da restituição do pagamento do imposto são atrativas, porque costumam oferecer juros mais baixos.
“Os juros vão variar em cada instituição financeira conforme o perfil de risco do cliente e o relacionamento dele com o banco. Para contratar a linha de crédito, é necessário ser correntista do banco, ter o valor do crédito aprovado e receber o valor da restituição pelo banco no qual será tomado o empréstimo. Dessa forma, o banco tem a garantia de que irá receber o dinheiro e consegue cobrar taxas de juros menores”, explicou ao A Cidade.
Juny Figueiredo ainda afirmou que o contribuinte deve verificar, além das taxas de juros cobradas no adiantamento da restituição, o Custo Efetivo Total (CET) do crédito, que inclui taxas e outros encargos cobrados pelo banco.
Porém, o economista disse que a antecipação só é vantajosa para quem realmente precisa do dinheiro, ou seja, para quem está endividado e pagando taxas mais altas de juros do que as oferecidas pelos bancos.
“A antecipação para quitar dívidas é um bom negócio. Se a pessoa estiver endividada com linhas de crédito muito caras, como cartão de crédito ou cheque especial, a antecipação da restituição é um empréstimo com taxas de juros mais baixas. Contudo, pode ser perigoso para o cliente, já que se ele deixar de receber o valor por qualquer razão será debitado da mesma forma”, explicou ao A Cidade.
O economista, Juny Figueiredo, afirmou que a restituição vale a pena também para outros casos, como quando o contribuinte quer fazer uma compra à vista ou em casos de emergências, como problemas de saúde ou outros que necessitem de dinheiro para solução imediata.
“Caso o contribuinte não estiver em nenhuma dessas situações, vale à pena aguardar a restituição, pois ela é corrigida pela taxa Selic, que hoje tem o valor de 6,5% ao ano, o que dá o dobro do rendimento pago pela poupança, por exemplo”, afirmou o economista.
Ele alertou que caso a pessoa esteja decidida a realizar o empréstimo, deve ser feita uma pesquisa nos bancos. “A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas cobradas flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela internet, para, depois, sentar com o gerente do banco e negociar melhorias na proposta que eles oferecem”, esclareceu Juny Figueiredo.