De acordo com os caminhoneiros de Votuporanga, a expectativa é reunir cerca de 100 trabalhadores da classe no movimento
De acordo com os caminhoneiros de Votuporanga, a expectativa é reunir cerca de 100 trabalhadores da classe no movimento (Foto: Aline Ruiz/A Cidade)
Gabriele Reginaldo
gabriele@acidadevotuporanga.com.br
Os caminhoneiros de Votuporanga que aderiram à greve nacional contra o aumento do diesel e outros impostos seguem com a paralisação por tempo indeterminado. A concentração teve início na segunda-feira, ao meio-dia, na rodovia Euclides da Cunha, em frente ao Autoposto Parceirão. De acordo com os caminhoneiros, a expectativa é reunir cerca de 100 trabalhadores da classe.
Segundo Faris Bertolino, de 40 anos, que é caminhoneiro há 15 anos, explicou que a reivindicação é por conta do “combustível alto, assim como os pedágios. O frete também está defasado. Hoje, não tem mais condição de um caminhão rodar na estrada. Não sobra nada pra gente e estamos pagando para trabalhar”.
O caminhoneiro ainda afirmou que a manifestação é pacífica e que a Polícia Militar Rodoviária está acompanhando. “Pretendemos fazer uma paralisação sem prejudicar o cidadão de ir e voltar. Quem não quiser participar da greve não é obrigado. Não temos prazo de duração da greve, porque infelizmente se não ficarmos parados aqui, vamos ficar em outro lugar. Queremos o nome da nossa cidade para mostrar que estamos unidos pela mesma causa”, contou ao A Cidade.
Abcam
Em ofício enviado ao governo federal, a Associação Brasileira de Caminhoneiros, a Abcam, reivindicou a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia se dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.
Uma reunião foi realizada na tarde de ontem entre a Associação e o governo federal para decidir o futuro da greve. Segundo informações, a reunião terminou sem acordo.