A morte de Everton Francisco das Dores, de 31 anos, foi um dos assuntos discutidos durante a sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (19)
Os familiares de Everton Francisco das Dores estão acusando a UPA de negligência médica (Foto: Reprodução/Facebook)
Aline Ruiz
A morte de Everton Francisco das Dores, de 31 anos, foi um dos assuntos discutidos durante a sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (19). O homem morreu no último sábado (17) após supostamente contrair uma bactéria em decorrência de uma luxação em uma das mãos. Nas redes sociais, os familiares da vítima estão cobrando explicações da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) sobre o ocorrido. Quem levou o caso para a tribuna foi o vereador Emerson Pereira.
O vereador revelou que protocolou uma reunião na Câmara Municipal para discutir a morte de Everton, na próxima quinta-feira (22). “Todos os vereadores e o Conselho Municipal de Saúde vão participar dessa reunião. Queremos saber o que aconteceu com o Everton, os familiares buscam uma resposta e eu creio que esta Casa de Leis também”, disse o vereador.
Durante seu pronunciamento na tribuna, o parlamentar solicitou ainda a presença do prefeito João Dado na reunião. “Ele defende muito a saúde pública, não queremos ouvir apenas a situação médica, precisamos discutir a saúde do município, que tem sido alvo de intensas reclamações”, afirmou Emerson Pereira.
Família pede ajudaPor meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, a irmã de Everton, Tatiane Aparecida das Dores Silva, desabafou e pediu ajuda. Ela contou que o irmão caiu no dia 4 de março jogando bola e sofreu uma luxação na mão esquerda. Do dia do acidente até o dia de sua morte, segundo informações de Tatiane, Everton passou por atendimento na UPA seis vezes e uma no Mini-Hospital “Fortunata Germano Pozzobon”.
Quatro dias após o acidente, a irmã contou que os médicos da UPA colocaram uma tala no braço de Everton e receitaram mais remédios para dor. “Ele piorou entre sábado (9) e domingo (10), que foi quando ele começou a se queixar de dor no peito, falta de ar e a sua mão estava muito inchada. Naquele fim de semana levei ele quatro vezes para a UPA e os médicos diziam que não era nada”, contou.
No domingo à noite, Tatiane contou que resolveu tomar medidas drásticas e levou o irmão para a Santa Casa, onde solicitou atendimento. “Ele não conseguia respirar mais, internaram ele na Unidade Semi-Intensiva, fizeram alguns exames, mas no sábado (17) recebi a notícia da morte dele”, lamentou.
Tatiane completou dizendo que Everton teria contraído algum tipo de bactéria, mas que as enfermeiras que lhe deram essa informação não souberam explicar de onde veio essa bactéria. “A nossa família merece uma explicação sobre a morte do meu irmão, que não tinha problema algum de saúde”, disse.
Outro ladoO A Cidade entrou em contato com a Santa Casa e fez questionamentos sobre o ocorrido. O hospital, no entanto, não confirmou quantas vezes a vítima passou por atendimento na UPA e disse que ainda investiga a real causa da morte do homem.
“A Santa Casa lamenta o falecimento do paciente e comunica que já está junto ao corpo clínico averiguando todos os procedimentos adotados. A instituição se coloca à disposição de mais esclarecimentos para a família’, afirmou o hospital por meio de nota