Três professores do Centro Universitário de Votuporanga falaram sobre o Exame Nacional do Ensino Médio deste ano
Três professores do Centro Universitário de Votuporanga falaram sobre o Exame Nacional do Ensino Médio deste ano (Fotos: Arquivo Pessoal)
Após a realização do Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio), muito foi discutido em relação ao nível da
prova e também sobre o tema da redação. Por isso, o jornal A Cidade ouviu três
professores da Unifev (Centro Universitário de Votuporanga), que falaram sobre
o exame deste ano.
De acordo com o Inep
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do
Ministério da Educação, 3.253 estudantes estavam inscritos para fazer o teste
em Votuporanga.
A primeira prova, no último
dia 5, contou com questões de linguagens e ciências humanas, além da redação. Anteontem,
foi a vez das avaliações de ciências da natureza e matemática. Mais de
6.730.000 de pessoas se inscreveram para fazer o exame. O índice de candidatos
que faltaram à segunda prova foi de 32%. Cerca de 2,15 milhões de inscritos não
compareceram nos testes aplicados anteontem.
Professor doutor Edson Roberto Bogas Garcia
Para o professor doutor Edson
Roberto Bogas Garcia, docente de Língua Portuguesa, o Enem serviu para todos
saberem como anda a educação no Brasil. Ele ressaltou que o exame é importante
porque proporciona aos candidatos igualdade de direitos. Já o tema da redação,
acrescentou, exigia um conhecimento didático-pedagógico dos estudantes, porém
os textos de apoio serviam como ferramenta necessária para uma boa dissertação.
“Em comparação aos outros anos, o nível de dificuldade permaneceu o mesmo, no
entanto com enunciados mais extensos e cansativos”, analisou.
Professora mestre Carmem Silvia Rodrigues Paschoal Sanches
Na visão da professora mestre
Carmem Silvia Rodrigues Paschoal Sanches, do curso de Matemática, o Enem é uma
prova mais abrangente do que outros vestibulares e menos elitizado. Ela entende
que a inclusão, como tema da redação, foi uma ótima escolha por ser um assunto
que está em bastante evidência. “O grau de dificuldade da prova não parecia
maior em relação aos outros anos, porém o exame continha questões mais
extensas, que exigiam grande preparo dos candidatos”, apontou.
Professora mestre Adriana Naime Pontes Passoni
A professora mestre Adriana
Naime Pontes Passoni, docente de Língua Inglesa e coordenadora do Ensino Médio,
avalia que a prova deste ano abordou questões de níveis médio e difícil, em
relação ao ano anterior, além de cobrar mais conteúdo e conhecimento dos
alunos. No entanto, manteve sua vertente em pensar a prova como um todo, sem
grandes rupturas, fato que beneficia os alunos. Para ela, em uma época de tanta
intolerância, o tema da Redação foi muito necessário, porque leva à reflexão
acerca da educação inclusiva. “Quanto à prova de Língua Inglesa, as questões
abrangeram muita interpretação textual, direitos humanos, diversidade cultural
e aquecimento global”, comentou.