Em média os bombeiros atendem cinco ocorrências do tipo por semana que, se somadas, dão um total de 20 por mês
A iniciativa partiu do soldado Diegues, que explicou para o A Cidade como a população pode fazer uso da ferramenta (Foto: Aline Ruiz/A Cidade)
Aline Ruiz
Corpo de Bombeiros de Votuporanga criou um dispositivo para salvar gatos que caem dentro de bueiros. Segundo informações da corporação, em média os bombeiros atendem cinco ocorrências do tipo por semana que, se somadas, dão um total de 20 por mês. A iniciativa partiu do soldado Diegues, que explicou para o A Cidade como a população pode fazer uso da ferramenta, que consiste em um pedaço da mangueira utilizada em incêndios e que quando estragam são descartadas.
O soldado Diegues contou que o projeto surgiu devido às várias solicitações que recebe para resgatar gatos de bueiros, são em média cinco por semana. “Quando recebemos um chamado, as pessoas querem que a gente vá para o local “estourar” o bueiro, mas não podemos fazer isso. Muitas vezes os gatos estão lá porque querem e eles são ariscos, só saem quando estão dispostos”, disse.
Questionado sobre as situações em que o resgate do animal é realmente necessário, Diegues disse que normalmente são quando estão machucados ou doentes. “Nestes casos é preciso que o resgate seja feito com urgência para que o animal não morra no bueiro. Outra situação é quando um filhote cai ou não consegue sair”, explicou.
A ferramenta criada pelo soldado consiste em um pedaço da mangueira utilizada em incêndios e que quando estragam são descartadas. “Com uma mangueira conseguimos fazer cerca de 20 “kits”, a intenção é distribuir para os protetores e deixar disponível para quem precisar. São pedaços de cinco e dez metros, que são os tipos de bueiros que temos em Votuporanga”, comentou.
O resgate já foi testado com gatos do Centro de Zooneses e deu certo. “Colocamos a mangueira no alto e deixamos um pedaço de comida na ponta, eles escalam como se não fosse nada. Então se alguém ver ou ouvir algum gato no bueiro, basta colocar o dispositivo e deixar lá até que o gato consiga ou queira sair. A ideia é facilitar a vida dele e a nossa também, já que não é simplesmente descer e pegar o animal, precisamos nos preparar, usar máscaras e roupas protetoras, porque dentro dos bueiros o acúmulo de gases tóxicos é muito grande”, completou.