Apesar disso, a coordenadora do Prosad vê como positivo o número na cidade, uma vez que o aumento foi de apenas 6%
Os serviços por meio de grupos de apoio e orientação têm o objetivo de atender as adolescentes grávidas da cidade
Aline Ruiz
De janeiro a 2 de outubro deste ano, o Prosad (Programa de Saúde do Adolescente de Votuporanga) já atendeu 123 adolescentes grávidas do município. Comparando com os números do ano passado, é possível observar um pequeno aumento de aproximadamente 6%, já que em 2016 foram 116 atendimentos. O programa, além de atender gestantes grávidas, também orienta adolescentes não gestantes, de 10 a 20 anos, incluindo os garotos.
Os serviços são oferecidos pela Secretaria da Saúde com o propósito de atender as adolescentes grávidas por meio dos grupos de apoio e orientação, consultas com o ginecologista e acompanhamento da gestação pelo pré-natal.
Segundo informações da coordenadora do Prosad em Votuporanga, a psicóloga Rosely Eleutério, as adolescentes recebem orientações em grupos educativos. “Todas são acompanhadas por uma equipe multiprofissional (ginecologista, pediatra, psicóloga, dentista, enfermeira, fisioterapeuta, educadora perinatal e agente comunitária de saúde) a fim de orientar a gestante adolescente”.
Atualmente, os grupos que reúnem essas adolescentes são promovidos nos Consultórios Municipais “Dr. Ruy Pedroso” – Palmeiras I, “Dr. Gumercindo Hernandes Morales” - São João e “Jerônimo Figueira da Costa Neto”, Jardim Marin. “As adolescentes grávidas que participam do Programa são diretamente encaminhadas pela própria unidade de saúde, podendo frequentar os encontros até a chegada do parto”, ressaltou a coordenadora.
Ações e eventos de prevenção também são realizados pelo Prosad nas escolas da rede pública e privada de ensino, a fim de capacitar adolescentes multiplicadores, para que sejam o protagonista juvenil na própria instituição, realizando um trabalho de sensibilização da gravidez precoce e DST/AIDS.
O Programa teve início em Votuporanga em 1997, quando o índice de adolescentes grávidas era 21,33%; em 1999 atingiu 23,94%, o maior índice registrado. No ano passado, segundo a coordenadora, foi registrado o menor índice de gravidez na adolescência, que foi 10,90%. “Os números do município contribuem para que o Estado de São Paulo diminua os índices da gravidez na adolescência. Essa redução se deve aos trabalhos preventivos realizados ao longo dos anos pelo Programa do Adolescente, assim também como de outros setores”.