Edílson Cesário Vieira pediu água boricada, mas recebeu água oxigenada e foi parar na Unidade de Pronto Atendimento
Daniel Castro
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Lavar o rosto com água oxigenada ao invés de água boricada ainda causa problemas para Edílson Cesário Vieira. Foi o que ele garantiu ao A Cidade. A Polícia Civil investiga o caso, e a vítima entrará com processo pedindo indenização.
Edílson, após ser operado de uma catarata, foi até uma farmácia localizada no centro de Votuporanga e solicitou água boricada, produto indicado pelo médico. No entanto, o atendente entregou água oxigenada, que o homem levou para casa, lavou os olhos e foi parar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com muitas dores.
A vítima, que mora no bairro São João e tem 45 anos, foi operada no dia 27 de abril e foi na farmácia no dia 2 de maio.
Segundo o homem, até hoje ele já gastou mais de R$ 1 mil com medicamentos, consultas médicas e viagens. “Estou gastando um dinheiro que eu poderia estar fazendo outra coisa. É complicado”, falou. Edílson contou que tem visitado constantemente um médico, que lhe passou uma pomada e m colírio. “Ele me disse que o produto foi como se a gente ficasse esfregando a mão no chão, então inflamou a retina e deu anemia por conta do produto”, contou.
Conforme ele, a Polícia Civil já ouviu pessoas da farmácia e em breve ele vai prestar depoimento. O homem entrará com processo contra a drogaria e pedirá indenização de R$ 50 mil. “Direto o meu olho fica coçando. Além do mais, eu constantemente preciso viajar, mas o médico pediu para eu dar uma maneirada”, comentou.
O caso
Edílson foi na farmácia após às 21h, pediu água boricada, e o atendente lhe deu água oxigenada. Ele foi para casa e lavou os olhos com o produto, momento em que começou a sentir muita dor. Ao verificar o frasco, constatou que não era o medicamento indicado pelo médico. Com muita dor, o homem voltou até a farmácia, onde comunicou o ocorrido. Ele relatou que solicitou a nota fiscal da compra do medicamento que fez, no entanto não lhe foi entregue. Ainda segundo a vítima, a gerente e o atendente da drogaria lhe pediram desculpas e lamentaram o ocorrido. O homem contou que a gerente da rede de farmácias, de São José do Rio Preto, lhe telefonou pedindo desculpas.