A data torna-se importante não só pelo simbolismo, mas pelos constantes sacrifícios e celebrações, onde as pessoas demonstram fé
Padre Marcio Tade, Pastor Paulo Henrique e Waldenir Cuin
Aline Ruiz
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A correria em busca de guloseimas cada vez mais atrativas e a expectativa das pessoas de ganhar ovos e bombons de chocolate com diferentes recheios, tamanhos e formas fez com que a comemoração da Páscoa ganhasse outro sentido. O comércio, assim como em outros períodos comemorativos, impôs uma mudança de comportamento. Mas ao contrário do que muitos pensam, a Páscoa tem um significado especial para os religiosos: é sinônimo de passagem para uma vida nova.
Para os fiéis da igreja católica, a Páscoa representa nova criação. “Para nós, cristãos católicos, é o dia de celebrarmos a ressurreição de Jesus, que por sua morte nos libertou da escravidão da morte, nos conduzindo, por sua ressurreição, à páscoa eterna”, exemplificou o padre da igreja Senhor Bom Jesus, Marcio Tadeu.
O padre ainda ressaltou que os católicos acreditam em ressurreição e celebram a data com festividades. “Iniciamos na quinta-feira a celebração do Tríduo Pascal, três dias chamados de “o domingo do ano”, ou seja, a noite de Quinta da Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, a Sexta-feira da Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo, o Sábado à noite, que representa a madrugada do primeiro dia da Semana, o Domingo - Dia do Senhor, quando Jesus ressurgiu da Morte”, disse.
Os evangélicos vêm a Páscoa de maneira semelhante aos católicos, já que para eles a data simboliza o novo nascimento em Jesus Cristo. “Compreendemos a Páscoa como a ressurreição de Jesus, assim como aconteceu no antigo testamento. Celebramos a libertação do pecado na nova vida em Cristo”, comentou o pastor Paulo Henrique Sales Lima, da Igreja Presbiteriana de Votuporanga.
A Doutrina Espírita não condena a forma como a Páscoa é comemorada por outras religiões, por causa do simbolismo. “Não existe um calendário de comemorações no espiritismo, embora respeitemos o pensamento de outras correntes religiosas, assim, podemos firmar nosso desejo de “passar” pela vida utilizando todas as oportunidades de fazer o bem todos os dias, sempre atentos em servir cada vez mais o nosso irmão do caminho, dentro do conceito cristão ‘ame o próximo como a ti mesmo’”, comentou Waldenir Aparecido Cuin, presidente da Associação Beneficente “Irmão Mariano Dias”.