A campanha tem como objetivo encontrar um doador de medula óssea compatível com a votuporanguense
A votuporanguense Rafaela Cezar Silva, de 10 anos, está em busca de um doador compatível para se curar Foto: Arquivo Pessoal
Aline Ruiz
A ‘Campanha Rafinha’, que tem como objetivo encontrar um doador de medula óssea compatível com a votuporanguense Rafaela Cezar Silva, 10 anos, diagnosticada com Leucemia há pouco tempo, acabou tomando proporções maiores e poderá ajudar também outras pessoas. O tio da Rafinha e também o responsável por promover a ação, Ricardo Morial Pignatari, está surpreso com a repercussão positiva que a campanha causou não apenas em Votuporanga e acredita que mais de 10 mil pessoas de toda a região estão dispostas a ajudar.
Em conversa com o A Cidade, Ricardo explicou que se cadastrando no Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome) os dados ficarão disponíveis para aqueles que precisarem. “Nós começamos essa campanha para tentar encontrar um doador para a Rafinha, mas a partir do momento que você se cadastra você pode ajudar quem precisar, basta você ser compatível com o paciente”, explicou.
A campanha, segundo ele, tomou proporções absurdas que ele não esperava. “Tem gente do Brasil inteiro querendo doar, em três dias eu já recebi quase 500 ligações de pessoas interessadas e isso é muito bom, porque quanto mais voluntários, mais pessoas, incluindo a Rafinha, poderão ter a chance de encontrar a cura para a Leucemia”, revelou.
Ricardo contou ainda que um grupo no Whatsapp foi criado para que as pessoas se organizassem e fossem para Fernandópolis ou São José do Rio Preto, que são as cidades mais próximas que possuem ponto de coleta. “A intenção é buscar um meio mais acessível para ir doar. Para mais informações o celular é o (17) 99717-3814”, comentou.
Projeto “Seja um Heroi”
Coincidentemente, paralelo à “Campanha Rafinha”, a Unifev está realizando desde março a 4ª edição do projeto “Seja um Herói - Salve Vidas”. A ação é uma iniciativa de Claudio José dos Santos Azevedo, pai do menino João Pedro Azevedo, que entre os anos 2009 e 2015, lutou contra a Leucemia. João Pedro faleceu em 2015, com 8 anos de idade, mas seu pai continua coordenando a causa em prol da doação de medula óssea.
O projeto, que tem parceria com o Hemocentro de Fernandópolis e conta com o apoio do curso de Enfermagem da Unifev, continua na Cidade Universitária nos dias 24, 25 e 27 de abril. Os interessados deverão comparecer no pátio do campus no dia 24, a partir das 8h30, ou nos dias 25 e 27, a partir das 19h.
Ricardo comentou sobre o ponto de coleta da Unifev e incentivou as pessoas a se cadastrarem lá, caso não seja possível ir para Fernandópolis ou São José do Rio Preto. “Como eu já disse, ao se cadastrar você poderá ajudar tanto a Rafinha quanto outra pessoa, depende da compatibilidade. Então eu sei que pessoas de várias cidades daqui da região vão vir de ônibus para se cadastrarem na Unifev, eu fico muito feliz com essa atitude solidária”, completou.
Para doar, os voluntários precisam ter entre 18 e 54 anos, gozar de boa saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante) e apresentar documentos como RG, CPF e o cartão do SUS, no ato da inscrição.