Filho contou que professora o agrediu; “outras duas crianças foram vistas sendo agredidas na creche pela mulher”, afirmou advogada
Os três casos teriam acontecido no Cemei Abílio Calile
Da Redação
Uma mãe, Marcieli Martins da Silva Bonfim, iniciou um processo administrativo na Secretaria da Educação de Votuporanga denunciando uma violência ao seu filho de cinco anos no Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Abílio Calile, no bairro Residencial do Lago.
Segundo a mãe, por meio das redes sociais, o filho contou que a técnica de educação o agrediu e colocou apelidos, praticando bullying contra ele. “Ele conta que ela chacoalhou ele, além de colocar apelidos. Me sinto insegura com a situação porque ela vai continuar ali. No vídeo não mostra agredindo meu filho, mas acredito que o vídeo tenha sido editado. Como vou deixar meu filho convivendo com uma pessoa assim? Ela ainda fica o tempo todo no celular”, afirmou Marcieli Martins.
De acordo com a advogada da família, Layane Silva Freitas de Pierri, vídeos das câmeras de segurança, de 3 a 7 de março, da creche, foram solicitados na Secretaria da Educação para constatar os fatos ocorridos no local.
“Assistimos as imagens, porém constatamos que há um corte de imagem de cerca de 40 minutos em que não aparece o filho de Marcieli. Ao que tudo indica, apenas naquele dia as imagens foram editadas, já que nos outros não há cortes a longo prazo, com isso abrimos um processo para que haja uma sindicância para a exoneração da técnica de educação do cargo”, afirmou a advogada.
A advogada contou ao A Cidade que as imagens são apagadas do sistema dentro de 15 dias após serem gravadas. “A Secretaria da Educação apenas disponibilizou para assistir no local, mas não quer fornecer o material. Ainda disseram que em 15 dias as imagens seriam apagadas”, disse.
Layane afirmou que a mãe não quis registrar boletim de ocorrência e também não quer indenização pelo ocorrido. “Ela quer que o problema seja resolvido e que o filho dela possa estudar em uma escola que não aconteça isso. Ela contou que ele não quer ir mais à escola. Diz que só vai se a professora não estiver lá”, afirmou.
A advogada ainda disse que a cliente quer defender o caso dela, porém outras duas crianças foram vistas sendo agredidas na creche pela mulher durante as imagens. “Constatamos que nos dias 6 e 7, depois das 11h, no horário de sono das crianças, duas crianças foram agredidas pela mulher. Ela chutou um colchão em que uma criança estava. Em outro momento, uma garota ainda é puxada, fazendo com que a criança fique assustada e quieta. A técnica de educação aparentava estar brava.”, afirmou a advogada.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria da Educação esclareceu que desde início do caso todo o suporte e atendimento foi prestado à mãe do aluno e sua advogada, inclusive, com a disponibilização das imagens captadas pelo circuito interno de câmeras da escola. “Ambas foram recepcionadas e acompanhadas por profissionais da pasta, que naquele momento, também assistiu à reprodução, não constatando indícios de agressão à criança”, afirmou.
O Executivo disse ainda, que a equipe de funcionários da unidade escolar também negou veementemente a violência. “É importante destacar que a gravação feita por monitoramento com câmeras é acionado automaticamente, de acordo com a movimentação de pessoas no ambiente, além de impedir qualquer tipo de intervenção, como a edição de imagens”, concluiu.
(Colaborou Gabriele Reginaldo)